O Santos venceu seu jogo calcado no talento individual de seus jogadores, muito mais do que por um desempenho coletivo consistente.
Deixou, porém, a impressão de que seu ponto fraco – a lateral-esquerda – pode ser suficiente para decidir o jogo. Basta que o Barça explore aquele lado, que, se sofreu com Sakai, imagine-se com Daniel Alves.
Guardiola disse hoje que não havia visto nada sobre o Santos. Nem precisava. Basta que veja o VT de Santos x Kashiwa para ter uma noção exata do que é o time da Vila Belmiro no comando de Muricy.
Rafael bom; Danilo bom; Edu Dracena nem tanto; Bruno Rodrigo muito inseguro; Durval, de bom zagueiro, virou um lateral-avenida. Não marca com propriedade e não existe no ataque; Henrique não possui grande poder de marcação; Arouca muito bom; Elano sem ritmo, e muito prejudicado pelos entreveros amorosos; Ganso muito bom; Neymar destruidor; Borges requer atenção pelo faro de goleador.
O Muricy já viu de monte o Barça jogar. Durante todo o semestre deu entrevistas especulando modos de neutralizar a equipe azul-grená. Sempre deixou claro sua preocupação. Disse, em recente entrevista à ESPN Brasil, que usava seu campinho para tentar posicionar os jogadores de forma a neutralizar os jogadores do Barça, até que, cansado, desistiu.
Em conclusão, disse que pedirá ao seu time para que jogue, caminho arriscado.
Até porque, o que não tem solução, solucionado está.
Pensando sobre o jogo, o Barça deverá se escalar com 4 zagueiros, mas com Daniel bem adiantado. Puyol poderia enfrentar Neymar. Para quem diz que o zagueiro é ruim, lento, etc, lembro que ele parou Cristiano Ronaldo no último confronto. Pode parar Neymar. Piqué e Abidal se encarregariam de Borges.
Assim, o Barça ainda deve povoar o meio-campo, e enlouquecer Arouca e Henrique com a movimentação ostensiva.
É assim que o Barça faz: se amolda ao adversário para fazer prevalecer suas qualidades.
O Barça é franco-favorito na minha opinião, mas o Santos pode surpreender.
Por isso é bom esse tal de futebol.
