Sobre a 'cagadinha' de Léo Rocha

Léo Rocha é achincalhado pelos jogadores do Botafogo
A noite do dia 21 de março de 2012 será inesquecível para Léo Rocha. O jogador, nascido em Itaocara, Rio de Janeiro, foi cedo se aventurar no futebol do Azerbaijão. Jogou pelo Standard Sumgayit, e em seguida tentou a sorte no futebol venezuelano, no CD Lara.

Na volta ao Azerbaijão, jogou ainda pelo Inter Baku, Baku FK e Karabakh, times que ninguém nunca ouviu falar. No começo de 2012, teve a oportunidade de jogar no Brasil, com a oportunidade oferecida pelo Treze, da Paraíba.

Foi então que a Copa do Brasil lhe deu uma grande oportunidade: enfrentar o Botafogo, no Engenhão, em mata-mata. Talvez nunca tenha sonhado com isso.

Durante o jogo, sofrimento alvi-negro, e o empate (1x1) leva a decisão para os pênaltis. O placar dos penais estava 3x2 Botafogo quando Léo Rocha vai para a sua cobrança, pensando (como diria Milton Leite): “Agora eu se consagro. Estou no Engenhão, contra o Botafogo, de Loco Abreu. Vou bater de cavadinha e se consagrar.”

Só que Léo Rocha não é Loco Abreu, nem o Treze é o Uruguai.

Léo Rocha faz isso aí:
Jefferson pega com tranquilidade, e dá a classificação ao Botafogo.

No caminho até o centro do campo, Léo Rocha é achincalhado pelos jogadores do Botafogo, que reclamavam de suposto menosprezo. Léo Rocha não responde, caminhando quieto e de cabeça baixíssima.


No vestiário, é gingado e quase agredido pelo gerente do próprio Treze.

Na sequência, não segue com o time na viagem de volta. Tem seu contrato rescindido.

Agora, recebe chance do CSA-AL, tentando virar a página.

Será sempre o inventor da ‘cagadinha’.

Para Léo Rocha, aquela noite de estreia no Engenhão será realmente inesquecível.

Não da maneira que queria.