Especial Adriano - Fase pré-Corinthians

Adriano surgiu no Flamengo, em 2000.

Mesmo com apenas 18 anos, já se destacava pela força física. Após 1 ano de profissional pelo Rubro-negro, foi vendido à Internazionale de Milão.

Chegando à Itália, foi logo emprestado para a Fiorentina, visando adaptação ao truculento futebol italiano.

De volta a Inter, ainda não conseguiu vaga no elenco, e foi novamente emprestado, desta vez ao Parma.

Nesta segunda temporada em solo italiano, sua força física e petardo na perna canhota lhe deram grande destaque, sendo finalmente aproveitado pela Inter assim que retornou do Parma.

A partir da temporada 2003/04, tornou-se um dos principais jogadores da Bota, ganhando o apelido de L'Imperatore (‘O Imperador’), em alusão ao imperador romano Adriano.

No meio de 2004, atingiu seu ápice de desempenho na Inter e na seleção, fazendo gol decisivo na final da Copa América, em cima da Argentina.

Adriano brilhou na Copa América de 2004, quando fez o gol que levou a disputa da final, contra a Argentina, para os pênaltis

Em 2005, seguiu em altíssimo nível, juntando, àquela altura, força, potência e habilidade. Fez grande Copa das Confederações-05 com a seleção.

Adriano entregue ao alcool e mulheresEm 2006, porém, veio o ponto que marcaria o início do declínio de sua carreira: a morte de seu pai. Na Copa da Alemanha, fiasco. Na temporada 2006/07, suas aparições de restringiam tão somente ao extra-campo.

Adriano manifestava sua perda de rumo após a morte de seu pai, dizendo ter se entregado ao álcool. Entregou-se às mulheres também, em festas regadas a todo tipo de coisa.

No fim de 2007, veio ao Reffis do São Paulo em busca de redenção. No centro Tricolor, reduziu seu peso e deu sinais de melhora, o que fez o São Paulo buscar sua contratação, por empréstimo de 6 meses.

Adriano no São Paulo mostra esboço de que poderia melhorar
Adriano no São Paulo mostra esboço de que poderia melhorar.
O primeiro semestre de 2008 foi de bom futebol, sendo que Adriano tornou-se peça chave no time Tricolor que disputou a Libertadores daquele ano.

Porém, as confusões não se afastaram. Adriano causou vários problemas, se atrasou para treinamentos, ameaçou repórteres, tudo contornado internamente pelo time do Morumbi.

No entanto, após a eliminação para o Fluminense no torneio sul-americano, Adriano encerrou sua passagem pelo São Paulo, mesmo faltando algum tempo para o fim do contrato. Parecia que, com a eliminação, não haveria razão para continuar.

Semi-recuperado, Adriano voltou à Inter, mas não mostrou melhoras.

Em 2009, protagonizou bizarria ao fugir da Itália, voltar ao Brasil e sumir por dias nos arredores da Vila Cruzeiro, onde se refugiou em casa de familiares.

Adriano em visita a Vila Cruzeiro
Adriano em visita a Vila Cruzeiro.
Em seguida, Adriano chama coletiva e, junto com seu empresário Gilmar, anuncia que abandonava a carreira, pois teria perdido o prazer de jogar. A Internazionale não opõe qualquer resistência, e o contrato de Adriano é rescindido.

DUAS SEMANAS DEPOIS, o que era aposentadoria vira manobra, e Adriano assina com o Flamengo.

Naquele Brasileirão, é decisivo e, com Pet, Andrade e cia., conquista o título de forma absolutamente inesperada. Torna-se também artilheiro do campeonato, ao lado de Diego Tardelli.

Adriano assina com o Flamengo
Adriano assina com o Flamengo.
Para não largar o costume, se envolve em algumas polêmicas.

Na primeira, ainda no Brasileirão, surge com uma bolha gigante no pé que, segundo ele, teria sido fruto de um pizão em uma lâmpada quente. Nem minha Tia Tereza, que ainda acredita em Papai Noel, engoliu.

Na sequência, a Polícia do Rio investiga o envolvimento de Adriano na compra de uma moto, registrada em nome da mãe de um traficante. Aproveitando, o jogador ainda tira fotos segurando metralhadoras, na companhia de pessoas, digamos, inapropriadas.

Para fechar com chave de ouro, Adriano convoca diversos jogadores para um baile funk no morro. De surpresa, sua então namorada Joana Machado chega e começa um verdadeiro motim. Sobrou para seus companheiros de time, que tiveram seus carros depredados pela moça.

No meio de 2010, após fazer boa dupla de ataque com Vagner Love, o famoso ‘Império do Amor’, deixa o Flamengo e volta para a Itália, desta vez para defender a Roma.

Na chegada, ganha a camisa 8 e assina contrato por 3 temporadas.

Em 1 ano no time romano, faz apenas 1 gol, em jogo-treino.

Suas aparições beiram o ridículo e, no dia 8 de março de 2011, o Roma anuncia em seu site oficial a rescisão do vínculo.

Era mais um fracasso na carreira, e muitos achavam que já tinha dado. Menos o Corinthians.

Na segunda parte do pitaco veremos a passagem de Adriano pelo Timão.

Já adianto que vem chumbo grosso.

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