José Mourinho segue com seu 4-2-3-1 intocável. O inicio de jogo foi completamente irreconhecível por parte do Real, os erros de passe não casavam com a proposta de jogo. Até o super astro, Cristiano Ronaldo, demorou em se encontrar no campo. Deve-se ressaltar que o 4-4-2 em duas linhas do CSKA soube bem anular o Real durante o primeiro tempo.
4-2-3-1 do Real extremamente ofensivo pela esquerda. |
Com o passar do tempo o time merengue se encontrou em campo. Xabi Alonso foi quem tomou conta do meio campo e primeiro passe. Os wingers com pés invertidos abriam corredor para passagem dos laterais, na esquerda, Marcelo auxiliava a Cristiano Ronaldo. Pela direita, Ozil infiltrava se tornando armador pelo centro, mas Arbeloa sequer o acompanhava, imagina aparecer no campo de ataque. As jogadas de linha de fundo foram raras, algo normal, pois apenas Higuain estava na área.
Na transição ataque – defesa os homens de frente davam o “bote” em campo alto, para logo recuperar a posse de bola, ou complicar a saída de bola adversária. Caso o passe saísse, os wingers recuavam para seu campo. Se não marcassem, pelo menos estavam ocupando espaço e sempre bem posicionados para puxar o contra-ataque.
Com posse de bola e em posicionamento ofensivo o time da casa jogava compactado e com linhas adiantadas. Os volantes não avançavam, ficavam postos para a segunda bola e liberando Marcelo para apoio, Arbeloa fazia compensação defensiva pela direita. Durante algum tempo as jogadas ofensivas dependeram do quarteto ofensivo: Kaka pelo centro; Cristiano Ronaldo mais agudo pela esquerda; Ozil na direita e procurando o centro para articular e Higuain na referencia.
Flagrante tático. Real no 4-2-3-1 |
A partir do primeiro gol tudo mudou. O time russo passou a jogar mais “aberto” e o Real reencontrou espaço pelas laterais. Os meias passaram a se movimentar, trocar de posição e Higuain a sair da área abrindo espaço para quem aparece de trás.
Na volta para o segundo tempo, era claro e evidente que o time espanhol pendia para esquerda. Marcelo, Cristiano Ronaldo e Ozil apareciam por ali. Kaka ficou mais centralizado e encostando em Higuain. A explicação do porque o time estar “torto” para esquerda? O CSKA já não tinha forças para marcar e recuar seus wingers.
Xabi Alonso deu uma aula de como passar, lançar e inverter o jogo. Seus erros eram quase nulos e por ali passou sempre a qualidade do primeiro passe.
A tranquilidade chegou com o segundo gol. Chute de longa distancia do craque português, uma folha seca ao melhor estilo Didi. Mesmo com o chute forte, bola sinuosa, o goleiro devia facilmente defende-la, mas acabou levando um frangaço.
O terceiro gol nasceu de uma bela assistência de Ozil. Jogada que explica o posicionamento do meia, partia da direita e infiltrava para o centro atuando como articulador. Benzema chutou a primeira e o goleiro pegou, mas o rebote caiu em seus pés, e de bico o Frances ampliou.
Para fechar a conta, novamente ele, Cristiano Ronaldo. Em rápido contra-ataque o português foi servido por Benzema e só teve o trabalho de empurrar para as redes.