Punir os clubes reduziria os casos de violência no futebol?

Briga entre Mancha verde e Gaviões
Não é a solução ideal. A solução ideal seria a reeducação do torcedor. Mas a solução ideal beira a utopia. De modo que falar sobre a solução ideal transforma-se em pura filosofia de botequim. Na gíria, uma baita conversa entre bêbados. Portanto, hoje, deixemos a solução ideal de lado. Porque bêbado não estou. Nem o amigo leitor.

Não é, ao menos, a segunda solução ideal. A segunda solução ideal seria colocar os fascínoras na cadeia e baní-los das praças esportivas. Mas a segunda solução ideal também beira à utopia. De modo que falar sobre a segunda solução ideal transforma-se em pura filosofia de botequim. Na gíria, uma baita conversa entre bêbados. Portanto, hoje, deixemos a segunda solução ideal de lado. Porque bêbado não estou. Nem o amigo leitor.

Há, então, as soluções menos ortodoxas. Uma delas bastante interessante. Permitir a entrada no estádio apenas de mulheres e crianças. Ideia criativa, já posta em prática na Turquia. Bem melhor, por exemplo, do que não permitir a entrada de ninguém no estádio. Boçalidade restritiva, já posta em prática no Brasil. Ambas, no entanto, de consequências apenas paleativas.


O maior argumento de um torcedor, quando de uma situação extrema, é o amor pelo clube. É esse amor que, segundo ele, o impele a atos muitas vezes impensados. É esse "amor", agora entre aspas, que o faz xingar, gritar, agredir. E, assim, talvez sejam o "amor" dos vândalos e o amor dos verdadeiros fã as peças a serem exploradas no combate à violência no futebol.

É de fato discutível até que ponto um clube é responsável pelas ações de seus torcedores. Embora, às vezes, os clubes, seus dirigentes e atletas sejam, sim, com declarações desastradas e desastrosas, responsáveis por certas ações de seus torcedores. Mas que tal transformar os torcedores responsáveis pelos destinos do seu clube?

Agrediu jogador, perde dois pontos. Brigou no estádio, o time perde três pontos. Houve batalhas nas ruas, o time perde seis pontos. Depredou patrimônio público, o clube perde logo quatro mandos de campo. Pois diz o ditado, aqui adaptado, que quem ama não prejudica e não deixa a coisa amada ser prejudicada. Premissa que, fatalmente, geraria uma atitude fiscalizadora entre a própria massa das arquibancadas.


Medidas drásticas, mas não de todo inéditas se lembrarmos do banimento dos ingleses das competições europeias, após a tragédia de Heysel, na decisão da Copa dos Campeões, disputada entre Juventus e Liverpool.

Claro, não é a solução ideal. A solução ideal seria a reeducação do torcedor. Mas a solução ideal beira a utopia. De modo que falar sobre a solução ideal transforma-se em pura filosofia de botequim. Na gíria, uma baita conversa entre bêbados. Portanto, hoje, deixemos a solução ideal de lado. Porque bêbado eu não estou. E nem o amigo leitor. Mas eu e você, você e eu, estamos de saco cheio desses marginais.

Lógico, não é, ao menos, a segunda solução ideal. A segunda solução ideal seria colocar os fascínoras na cadeia e baní-los das praças esportivas. Mas a segunda solução ideal também beira à utopia. De modo que falar sobre a segunda solução ideal transforma-se em pura filosofia de botequim. Na gíria, uma baita conversa entre bêbados. Portanto, hoje, deixemos a segunda solução ideal de lado. Porque bêbado não estou. Nem o amigo leitor. Mas, garanto, eu e você, você e eu, estamos de saco cheio desses marginais.

Esse texto foi publicado pela primeira vez em 07 de novembro de 2011. Infelizmente, o assunto ainda é, e por muito tempo será, atual...

Texto do colunista Roberto Júnior.