Sobre a enganação da Copinha

Neste 25 de janeiro de 2012, para comemorar o 458º aniversário da cidade de São Paulo, tivemos a decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior no estádio do Pacaembu.

Não vou aqui desdenhar da competição. Nem precisa, pois os números fazem sozinho. São 88 times, muitos mais que os 64 da Copa do Brasil, o maior torneio profissional.

Bom, concordando ou não com o formato, a Copinha é o campeonato de juniores mais importante.

Esse ano, o Corinthians foi campeão invicto e avassalador, sendo certo que os destaques serão grandes jogadores do Timão, correto? Não.

Nada garante que Matheuzinho, Denner ou o herói Antonio Carlos se darão bem no profissional.

Vamos ao passado.

Em 2011, o campeão Flamengo tinha Adryan, Negueba, Muralha, entre outros. Todos estão jogando, e têm algum destaque.

Em 2010, o São Paulo tinha Lucas e Casemiro, que hoje fazem sucesso. Mas não esquecemos que o destaque era Lucas Gaúcho, que saiu dispensado.

Em 2009, o campeão foi o Corinthians. Os destaques, como lembrou ontem Maurício Oliveira no Lance!, eram Sasha e Marcelinho. O primeiro está no Catanzaro, da Itália, e o segundo está firulando no Barueri. Nenhum dos juniores está no elenco. Boquita, que teve maior destaque e algumas poucas chances, foi parar na Portuguesa.

Voltando mais, em 2001, Renatinho era o destaque do São Paulo com sua patada atômica. Sumiu totalmente. Harison era o camisa 10, enquanto um tal de Kaká ficava no banco. Harison acabou no Shenzhen Phoenix. Kaká foi eleito melhor jogador do mundo.

Se destacar na Copinha não quer dizer nada.

Mas entre ser campeão ou não, melhor ser.