Futebol é todos por um, não um por todos.

Argentina 0 x 0 Colômbia, Copa América, Fracasso da Argentina

Zico fez História no Flamengo. E teve ao seu lado Júnior, Leandro, Edinho e Mozer. Todos craques.

Pelé foi o maior jogador de todos os tempos no Santos e na Seleção. E teve ao seu lado feras do calibre de Tostão, Jairzinho, Coutinho e Pepe. Todos craques.

Romário foi ídolo no Barcelona por seus inúmeros gols e jogadas maravilhosas. E teve ao seu lado parceiros de luxo tais quais o búlgaro Stoichkov, o holandês Ronald Koeman e o dinamarquês Michael Laudrup. Todos craques.

Em 2007, Kaká foi a luz brilhante do Milan, campeão mundial em cima do Boca Juniors. E teve ao seu lado Maldini, Seedorf e Pirlo, figurinhas que dispensam apresentações.


Franz Beckembauer foi o Kaiser da conquista alemã na Copa de 1974. E teve aoo seu lado um certo goleiro chamado Maier, um cara que chutava forte, de nome Breitner ,e um meia de categoria que atendia por Overäth. Sem contar um artilheiro "fraco" ,de sobrenome Müller.

Edmundo foi disparado o melhor do Brasileirão 97, no merecido título do Vasco da Gama. E teve ao seu lado gente muito boa, que nem Felipe, Pedrinho, Juninho Pernambucano, Mauro Galvão e Evair.

Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor do Planeta em 2008, ainda no Manchester United. E formava uma linha de frente, no mínimo, interessante com Giggs e Wayne Rooney. Ambos, companhia de altíssima estirpe.

Maradona é Deus para os torcedores do Nápoli. E, muitos se esquecem, teve ao seu lado dois de nossos compatriotas, Careca e Alemão, em fase esplendorosa.

Neymar foi uma das maiores revelações do futebol mundial ano passado. Mas, talvez não tivesse explodido se não tivesse ao seu lado o amigo Paulo Henrique Ganso. E vice-versa. Isso, sendo obrigatória também a lembrança dos carregadores de piano, ótimos operários tais como Arouca e Wesley.

Messi, por duas temporadas seguidas, com toda justiça, foi alçado à condição de número 1 dos gramados. E teve ao seu lado, sempre, os números 2 e 3, Xavi e Iniesta. Fora a orquestra, cuidadosamente afinada após várias épocas juntos.

Porque o conjunto também é importante. E em alguns casos, inclusive, se sobressai ao craque. Vide a Itália que eliminou um Brasil de sonhos, em 1982.

Claro, o craque faz muita diferença. Em algumas ocasiões, não muitas, pode até levar seu time nas costas. Mas, é estatístico: o craques só foram craques graças a outros craques. Ou porque estavam em equipes onde a harmonia era tão intensa que foi capaz de transformar jogadores comuns em craques.

Pois o futebol é assim, todos por um, não um por todos.

Boa quinta e um abraço!

Argentina 0 X Colômbia 0

Argentina: Sergio Romero - Pablo Zabaleta, Nicolás Burdisso, Gabriel Milito, Javier Zanetti - Ever Banega (Gonzalo Higuaín, 72), Javier Mascherano, Esteban Cambiasso (Fernando Gago, 61) - Ezequiel Lavezzi (Sergio Agüero, 61), Lionel Messi e Carlos Tevez. DT: Sergio Batista.

Colômbia: Luis Martínez - Camilo Zúñiga, Amaranto Perea, Mario Yepes, Pablo Armero - Carlos Sánchez, Freddy Guarín, Abel Aguilar, Dayro Moreno (Aquivaldo Mosquera, 90+1) - Adrián Ramos (Elkin Soto, 89) - Radamel Falcao García (Teófilo Gutiérrez, 88). DT: Hernán Darío Gómez.