[Copa América 2011] Uruguai 1 x 1 Peru


O Uruguai, último dos três favoritos estreou na Copa América 2011. Curiosamente as três seleções favoritas estrearam em esquemas parecidos e com mesmos resultados. Apenas um ponto para as favoritas.

Todos esperavam a mesma celeste que encantou na Copa do Mundo de 2010. Esquema 4-3-1-2 com Forlan atuando de enganche. Na estreia da Copa América não foi assim, jogou no 4-2-1-3 com seu principal jogador de atacante.



A seleção do Peru mudou até camisa, tirou a listra transversal. Ficou bonita a camisa, quiça uma tentativa de mudar seu futebol. A seleção peruana atuou no 4-1-4-1, com duas linhas de quatro, com o intuito de parar o ataque Uruguaio. Balbin de primeiro volante na marcação de Forlan e Guerreiro solitário na frente.



Uruguai

Nos amistosos o Uruguai atuou com 3 atacantes, marcação sob pressão e laterais avançados, e esperamos um Uruguai assim. Esperamos e esperamos. Com Lodeiro no meio a seleção dependeu muito dele pois era o meia de criação e teve uma atuação fraca, poucos lampejos aconteceram e rendeu um gol.

Pérez ainda dormindo. Lodeiro apagado. O Meio-campo do Uruguai não funcionava.

E a celeste apelava para a ligação direta, com lançamentos longos, buscando o tridente ofensivo formado por Suárez, Forlán e Cavani, que se movimentavam e trocavam com frequência de posição entre si.

O Uruguai sempre forte no contra-ataque, com troca de passes muito rápida pela esquerda. Levando perigo.

A seleção Uruguaia não conseguia ter a posse de bola e espaços no meio. Dependia de lançamentos e jogadas individuais.

Riscos da marcação avançada: espaços nas costas dos defensores. Principalmente se não forem velozes . Resultado 1x0 Peru.

Lodeiro apareceu e deixou Suárez na cara do gol. Jogada começou com Cáceres pela esquerda. Bobeou a boa marcação peruana. Empate Celeste, 1x1.

Uruguai precisava de velocidade na transição. Mas o jogo estava muito lento, previsível. E Lodeiro precisava aparecer. Podendo ser o diferencial, como ocorreu no lance do gol.

Pouco se esperava das seleções sem tradição no âmbito mundial e assim foi nos 3 jogos com Bolívia, Venezuela e Peru. As 3 demonstraram que não há mais “galinha morta no futebol” e que o futebol evoluiu e depende cada vez mais de capacidades físicas.

O Peru montou uma estratégia para este jogo, por momentos adiantava a marcação, e prezava pelos lançamentos longos, mas ainda convive com o dilema de ter Guerrero muito distante da segunda linha de 4 do 4-1-4-1.

Balbín, o volante mais recuado do Peru, cercava Forlán pelo meio, obrigando o 10 uruguaio a buscar os flancos. Lodeiro não ajudava.

O Peru sequer conseguia manter a bola por 10 segundos. Parcialmente por suas deficiências, mas também pela forte marcação charrua.

Jogada típica dos peruanos: Guevara puxando contra-ataque, Guerrero matando a jogada. Falhou a zaga uruguaia na linha de impedimento. Gol do Peru. Da única maneira possível: chutão para Guerrero e apostando na falha da lenta defesa uruguaia.

A Marcação peruana é boa. Mas com as subidas dos laterais e a aparição de Lodeiro por dentro, junto com Forlán, desmonta a defesa peruana.

SEGUNDO TEMPO


O jogo volta ao normal, o Uruguai apenas teve momentos no jogo que não duraram mais que 10 minutos. Depende muito de Lodeiro para quebrar a linha de marcação do Peru.

Celeste resume do que o time precisa. Jogadas rápidas, com movimentação dos atacantes e Lodeiro dando dinâmica ao meio.

O Uruguai dominou o segundo tempo graças a Lodeiro que decidiu aparecer para o jogo e logo virou protagonista. Melhorando a criação uruguaia, resultando em posse de bola e tranquilidade. Uruguai domina o jogo no segundo tempo.

Mesmo com alterações no Peru, manteve-se o esquema. Lobatón é volante, ao lado de Cruzado. Nos flancos, Vargas e Chiroque. Os dois meias extremos, Peru adianta os dois para aproximarem de Guerrero.

Zaga peruana falha pela primeira vez no jogo e, por pouco, Uruguai não vira com Forlán. Jogo voltou a ficar morno, lento.

Mesmo fora de forma, Vargas faz boas tramas com Guerrero pela esquerda. É fraquinho na marcação, o Maxi Pereira.

Pérez e Arévalo não dão conta de Cruzado e Lobatón. Displicentes, deixam ambos chegarem com a bola até a intermediária.

Lodeiro ameaçou voltar em grande estilo no início da segunda etapa, mas sumiu de novo. Era importantíssimo para o time, taticamente.

Substituição no Uruguai. Sai Lodeiro entra “Cebolla” Rodriguez. “La hoya” Hernandez entra e sai Cavani. “Cebolla” dará mais enfase ao lado esquerdo e melhora a criação. Hernandez é aposta na velocidade.

Quem sabe mais uma seleção desapontou, ou melhor. As seleções ditas “pequenas” estão crescendo o futebol mais popular e com maior equilibrio.