Ratos.


Olha que bonitinho!

Acontece com muita gente.

Médicos trabalham em hospitais precários.

Professores ministram aulas em escolas caindo aos pedaços.

Agentes da lei enfrentam criminosos fortemente armados, portando armas que parecem de brinquedo.

O mundo é assim.

Eu, você, seu vizinho. Todos enfrentamos problemas no trabalho.

E, por medo, necessidade, ou o saudável comprometimento profissional, nos acostumamos a engolir adversidades.

Embora, penso, ao nos omitirmos de sugerir melhorias, passamos à condição de cúmplices em eventuais falhas.

Não sei se é verdade. Mas até que me provem o contrário, vale mais, pra mim, a palavra de um Muricy Ramalho do que a de qualquer outro cartola desse Brasil varonil.

Ratos no vestiário? Escuta aqui, parceiro, se tenho a empregabilidade do campeão brasileiro JAMAIS, JAMAIS trabalharia em um clube onde ratos, os animais, saem do vestiário.

Porque já sem o medo, comum a nós mortais, de ficar desempregado, não haveria comprometimento profissional que me forçaria a permanecer nas Laranjeiras. Pois comprometimento profissional, camarada, tem que ser bilateral. E há muito o meu querido e amado Fluminense F.C esqueceu-se desse simples conceito.

Mas, enfim, tudo isso foi discutido ontem, são só marcas do passado.

A vida segue, logo é hora de pensar no substituto.



Substituto que nos meus sonhos se chama Dorival Júnior. Porém aí, outro dos caprichos do futebol.

Ontem, após a saída de Muricy, assisti a muitos tricolores gritarem que o pretenso traidor abandonara o barco graças a uma proposta milionária do Santos.

Ah, como abordado muito bem pelo amigo Zé Luiz em seu blog, então é assim, o clube alheio não pode vir aqui e "dar uma cantada" em nosso treinador, mas nós, espertalhões, podemos ir às Minas Gerais e assediar o comandante alheio?



Farinha pouca, meu pirão primeiro?

Mas, repito, futebol é fogo.

Por que se não formos, digo, o Fluminense não for antiético, colocará quem no lugar do antigo mestre?

Caio Júnior, despedido na Arábia?

Adilson Batista, de boa passagem no Cruzeiro, mas mergulhado em um interminável inferno astral?

Ou abriremos o cofre e convenceremos Abel, com todo o respeito, há algum tempo vivendo apenas dos louros do passado, a renegar litros de petrodólares?

Esqueci alguém?

Geninho?
Jair Picerni?
Apelar pro coração de Parreira?

Vou parar de falar, digo de escrever.

Bateu o desespero.

Mas fala, ô cara, quem será o substituto?

Abraço!