A nova fornada do Arsenal

Desde a temporada 2005/2006, quando fez a final da Champions contra o Barcelona – e perdeu – o Arsenal nunca mais disputou um título.

Todos os jogadores consagrados debandaram (Henry, Bergkamp, Vieira, Pires, etc.), e Arsene Wenger, por falta de dinheiro ou convicção, botou na cabeça que formaria jogadores.

Não era uma missão como a que enfrentam os clubes brasileiros hoje, de criar centros de treinamento.

O Arsenal montou um verdadeiro esquadrão de olheiros, espalhados pelo mundo inteiro, e com foco principal nos jogadores africanos da França.

Foi assim que chegaram Kolo Touré, Eboué, Diaby, Song, Denílson, Adebayor, Clichy, Flamini e Nasri, além de Fábregas e Van Persie. Foi incorporado ainda Ashley Cole.

Aí os jogadores começaram a sair, na medida em que estavam prontos para explodir, e cientes que no Arsenal não conquistariam títulos. Foram para os maiores da Europa.

Primeiro, o Chelsea precisava de um bom lateral-esquerdo. Foi buscar Ashley Cole.

O Milan buscou Flamini.

Eboué e Denílson, que não vingaram, foram para Galatasaray e São Paulo, respectivamente.

O Manchester City que, visando qualificar seu plantel com a injeção de dinheiro de seu novo proprietário, chegou firme no Arsenal. Levou Kolo Touré, Adebayor, Clichy e, por último, Nasri. Fora Adebayor, o trio se firmou e fortaleceu muito os Citizens.

Agora, no fim da temporada, o Arsenal tem uma fornada prontinha para estourar em times de ponta.

O camaronês Song, ex-doidão, acalmou e melhorou muito o passe. Tornou-se um ótimo volante.

Van Persie, que se descobriu como centro-avante, é atacante top do mundo. Joga em qualquer time.

Times europeus, aproveitem a fornada do Arsenal. Está fresquinha.

Na fornada do ano que vem, devem estar Ramsey, Wilshere, Coquelin e Chamberlain. Ah, e a dupla de zaga Vermaelen/Koscielny, que pode ser solução para muito time.