Boca domina, abre vantagem contra Universidad e fica perto de final


Depois de três anos de ausência, o Boca Juniors mostrou porque é o maior vencedor da Copa Libertadores da América no século XXI. Em jogo disputado na La Bombonera nesta quinta-feira, a equipe argentina dominou e ficou muito perto de "decidir" a eliminatória contra a Universidad de Chile na rodada de ida. Os comandados de Julio César Falcioni derrotaram o rival por 2 a 0, com gols do centroavante Santiago Silva e do lateral esquerdo Sánchez Miño.

Sob os olhares dos ídolos Diego Maradona e Carlos Tevez, que estão de férias do Al Wasl e Manchester City, respectivamente, a equipe argentina foi superior desde o início e desperdiçou duas oportunidades de gols antes de abrir o marcador com Santiago Silva, aos 14min do primeiro tempo.

O experiente atleta fez bem o pivô dentro da área e marcou um gol ao estilo centroavante. Aproveitando falha do goleiro Johnny Herrera, Sánchez Miño completou o marcador aos 10min do segundo tempo com gol de rebote.

Para avançar à décima final de Libertadores da história e empatar com o Peñarol como equipe com maior participação em decisões, o Boca pode perder por até dois gols de diferença em Santiago, na próxima quinta, desde que marque pelo menos um gol fora. A Universidad de Chile precisa ganhar por três gols de diferença. Se bater os argentinos por 2 a 0 a decisão será nos pênaltis.

Além do recorde de finais, o Boca Juniors pode igualar outra marca nesta edição de Copa Libertadores. Se for campeão, o clube vai igualar o rival Independiente como o maior vencedor da competição, com sete taças. A equipe conquistou o torneio por seis oportunidades: 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007, sendo três sobre brasileiros no País - Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007).

Quem passar entre Boca e Universidad de Chile vai enfrentar um adversário brasileiro na final da principal competição sul-americana. Corinthians e Santos começaram a decidir na quarta e o clube paulistano derrotou o rival por 1 a 0, na Vila Belmiro. O jogo de volta está marcado para a próxima quarta, no Pacaembu, e o atual campeão brasileiro joga por um empate.

O jogo

A promessa da Universidad de Chile de atacar o Boca em La Bombonera não foi cumprida e o time argentino contou com o apoio da torcida para pressionar em busca do gol desde o início.

A primeira chance aconteceu com o centroavante Santiago Silva, aos 5min, que finalizou por cima do gol. Melhor, os donos da casa conseguiam envolver o adversário, mas a pontaria não colaborava. Aos 10min, Erviti recebeu ótimo passe de Riquelme e também finalizou para o alto.

A dúvida no Boca Juniors antes da partida era para a escalação de Mouche e Cvitanich, com o técnico Julio César Falcioni optando pelo primeiro. E o rápido camisa 7 correspondeu a confiança. Aos 14min, roubou a bola no campo de ataque, contornou a marcação pela direita e lançou na área. Santiago Silva dominou, girou e finalizou para abrir o marcador em La Bombonera.

Mesmo em desvantagem, o time chileno procurou o toque de bola, mas sem a velocidade já característica. Tanto que a única chance de gol do primeiro tempo aconteceu em um lance de bola parada. Aos 31min, Lorenzetti bateu falta frontal ao gol e o goleiro Orión fez grande defesa ao espalmar para escanteio.

Se a Universidad de Chile ainda arriscou na etapa inicial, o Boca foi dominante no segundo tempo. Logo no primeiro minuto, Santiago Silva desviou cruzamento de Erviti, o goleiro Johnny Herrera se esticou para espalmar e evitar o segundo do uruguaio nesta quinta. Aos 4min, Mouche recebeu passe na entrada da área e finalizou por cima do gol, desperdiçando boa chance.

Muito superior, a equipe argentina repetiu o primeiro tempo e marcou no começo da etapa. Aos 10min, Erviti finalizou da entrada da área e o ex-corintiano Johnny Herrera bateu roupa, deixando a bola na medida para o lateral Sánchez Miño finalizar para o fundo das redes e ampliar a vantagem do Boca na primeira partida da semifinal da Libertadores.