Santos, o virtual tricampeão paulista.

Domingo de final no Paulistão e em muitos estaduais Brasil adentro. Guarani e Santos foram os mais competentes este ano e chegaram para uma inesperada final. Inesperada por parte do Bugre, claro. Mas, sobretudo, uma final justa. Quer dizer, justa até a página dois. Afinal, a decisão da FPF em colocar ambas partidas no Morumbi tirou força considerável principalmente do Guarani em buscar equilibrar o confronto.

Bom, a julgar pelo potencial de cada clube o triunfo santista era questão de tempo. Otimistas pregavam que o Bugre poderia complicar a vida do Peixe em ambos jogos. Já os mais xiitas apostavam que o Santos já colocaria uma mão na taça.

Infelizmente, foi o que aconteceu. O placar é incontestável. O suposto domínio campineiro em meados do primeiro tempo sucumbiu com o tiro de Ganso aos 42 minutos da primeira etapa. Até o gol, a única grande jogada de perigo criada pelo Santos foi em cobrança de falta de Elano aos 2 minutos de bola rolando que encontrou o travessão.

A primeira etapa, em tese, foi do Guarani. Marcou bem, anulava as ações ofensivas do Peixe e vinha para o ataque como dava. Sentiu demais a ausência da Oziel na direita e Fumagalli na articulação. Para piorar, perdeu o zagueiro Neto, um dos destaques do time, também lesionado. Tivesse um pouco mais de qualidade e tranquilidade poderia ter aberto o placar com Medina, aos 15 minutos.

No mais, o Bugre era muito coração, muita correria para pouca organização. Tranquilo, o Santos defendia-se de maneira competente e avançava sem afobação. Foi assim que chegou ao gol. Neymar escapa pela esquerda e toca para o meio. Arouca protege e Ganso, da entrada da área, começa a reger o show.

O segundo tempo reservava mais Santos, mais Neymar e menos Guarani. A sina do Bugre estava selada e foi facilmente possível perceber isso logo no primeiro lance. Bruno Recife recebe na esquerda e solta o pé. Aranha salta, defende com um braço, faz que vai no canto e...na trave! Pronto. Azedou de vez.

Elano bate outra falta no capricho e Emerson manda para escanteio. Pressão do Santos. Guarani passa a errar passes bobos e não se encontra ofensivamente. Era a deixa que o Peixe queria. Aos 20, Juan dá passe açucarado para Ganso, que invade a área e é desarmado pelo bote do goleiro Emerson. Mas a estrela de Neymar começou a brilhar. No rebote, o craque bate cruzado e amplia: 2 a 0.

Pane em Campinas, festa na Baixada. Perdido em campo, o Guarani não conseguia ameaçar Aranha nem em sonho. E viu o campeonato cair no colo do Santos no finalzinho da partida. Aos 46, Neymar novamente recebe na esquerda, limpa dois marcadores e fulmina alto, sem chances para Emerson.

Três a zero. Três vezes Santos, o virtual tricampeão paulista.