Clubes cariocas estão eliminados da Libertadores. No inicio da noite de quarta feira o plantel milionário do Flu caiu perante o temido Boca Juniors. A torcida do pó de arroz não saiu vencedora. Tudo ia bem para os cariocas, Riquelme anulado, Boca sem chances e Flu levando partida para os pênaltis. Mas, no final do jogo, aos 45 minutos do segundo tempo, Riquelme lançou Rivero, este adentrou a área com a bola e finalizou. Cavalieri rebateu e a bola sobrou para Santiago Silva, apagado ate então, que deixou tudo igual e finalizado no Engenhão. O 1x1 desolou torcida e comissão técnica.
Abel Braga possui um repertorio interessante de sistemas para por em pratica, isso que o chamavam de limitado e treinador boleiro. Pois bem, Abel nos surpreendeu em um 4-3-2-1/4-3-3, diferente de tudo que vinha sendo aplicado. Jogou com um tripé de “volantes/meias” frente a área e dois meia encostando no atacante.
Flagrante tático : Fluminense no 4-3-3 em fase ofensiva. |
Falcione, diferente de Abel, não modificou em nada seu time. Alias, recebeu criticas por começar o jogo com Cvitanich, muitos preferiam Mouche. Mesmo 4-3-1-2, porém, recuado, acuado em seu campo, oferecendo posse de bola ao Fluminense e tentando, apenas tentando, encaixar um contra-ataque. A proposta argentina saiu vencedora, graças a UM lance aos 45 minutos do segundo tempo.
Flagrante tático : Boca recuado em seu campo no 4-3-1-2. |
Boca não só defendeu por opção, mas pela marcação adiantada do Fluminense. Transição defensiva carioca foi diferente de comum brasileiro. Equipe marcando adiantada e no campo do Boca, pressionando quem estava com bola e forçando o adversário ao erro. Flu com maior volume de jogo, marcação surpreendendo o adversário e ganhando o meio campo. Edinho foi à carta na manga de Abel para anular Riquelme e, assim o fez até os 45 da segunda etapa. Com Flu jogando no 4-3-2-1 o encaixe de marcação foi facilitado: Thiago Carleto em Cvitanich, dupla de zaga com Santiago Silva e Bruno solto; Edinho em Riquelme, Jean sobre Erviti e Wagner com Rivero , eis outro trunfo de Abel, quando o time perdia a bola, Rafael Sóbis ou Thiago Neves recuavam para marcar Erbes e assim dificultar saída de bola; Rafael Moura ficava com zagueiros. Boca defendia com SETE jogadores agrupados em seu campo, apenas Riquelme e a dupla de atacante não auxiliavam defensivamente.
Boca ofensivamente deixou a desejar durante boa parte da partida. Riquelme não conseguia desvencilhar de Edinho. Cvitanich não foi o atacante de velocidade que a equipe carece em seus contra-ataques. Clemente Rodriguez quando apoiou deixou espaços as suas costas e Roncaglia foi lateral base, pouco, ou melhor, nada contribuindo ofensivamente. Os volantes “carrilleros” não conseguiram marcar seu “trilho” no Engenhão, estiveram entregues a marcação carioca. Santiago Silva tinha de se virar contra Anderson e Gum, o centroavante não recebia bola nos pés, mas sim chutões e bolas rifadas a frente sem direção alguma.
Segundo Tempo
A partida seguia com mesmo ritmo. Fluminense dominando e Boca sendo dominado.
Para mudar o pragmatismo do Boca, Falcioni pôs em campo a velocidade que o time argentino necessitava. Foram a campo o atacante Mouche e o volante Miño, saíram Cvitanich e Erbes. Nada mudou em questões táticas, 4-3-1-2 seguiu. Porém finalmente a velocidade com Mouche, volantes mais liberados e o Boca se aproveitando de um Fluminense mais aberto.
Flagrante tático : Boca no 4-3-1-2 no segundo tempo. |
Flagrante tático : O tendão de aquila do Fluminense. Thiago Neves não respondeu bem sendo volante no 4-3-2-1 em fase defensiva. |
O time argentino formava pequenos grupos pelos lados do campo, na direita o carrillero Rivero e Mouche. Na esquerda Clemente Rodriguez e Miño. Riquelme flutuava pelo meio campo fornecendo e abastecendo estes pequenos grupos e eles a Santiago Silva. Erviti passou a ficar centralizador e dar maior qualidade ao passe.
O Fluminense não encaixava mais a marcação no Boca. Thiago Neves ate recuava para compor meio campo, mas sem qualidade de um defensor. Com bola o time carioca levava perigo, porém sem a mesma, era ele quem sofria.
Resultado das mudanças? Boca livre para saber o que faz de melhor. Contra-atacar em velocidade pelos lados do campo. O gol saiu aos 45 minutos e calou o Engenhão por inteiro.