» Veja como foi Fluminense 2 x 1 Internacional
Abel Braga arma sua equipe no 4-2-3-1. Este 4-2-3-1 é um esquema transição, pois em fase ofensiva o time se encontra no 4-3-3 e 4-1-4-1 defendendo. O Fluminense, jogando em casa, não conseguiu se impor contra o Inter. A estratégia de Abel, com o tempo, se tornou explorar a bola aérea, pois o Inter demonstrou fragilidade neste quesito.
Flagrante tático : Fluminense no 4-2-3-1. |
Flagrante tático : Inter no 4-2-3-1. |
Flagrante tático : Inter defendendo no 4-4-1-1. |
Flagrante tático : Fluminense defendendo no 4-1-4-1. |
Do lado colorado. O encaixe foi com perfeição, pois o 4-4-2 se mantinha com marcação alta quando o Flu não passava da linha de meio campo. O 4-4-1-1 ocorria quando o Flu passava linha de meio campo, assim os wingers recuavam e cumpriam função de marcar o lateral adversário.
Flu com bola não conseguiu levar perigo ao gol de Muriel na troca de passes. O 4-2-3-1 que passava a ser 4-3-3 com triangulo de base alta no meio, era estático. Pontas cariocas apenas faziam o vai-e-vem, diagonal ao centro e batiam de frente com laterais adversário. O time dependia de Deco na armação, porem o luso-brasileiro, bem marcado, pressionado e forçado ao erro, não conseguia fazer o jogo evoluir. Um lateral sempre estava presente no campo ofensivo, enquanto outro basculava formando três zagueiros. A marcação colorada pressionava o meio campo carioca ao erro, Guiñazu foi um volante pitbull, pois saia a caça dos meias.
Flagrante tático : Inter defendendo no 4-4-2 em duas linhas e Flu no 4-3-3 com triangulo de base alta no meio. |
Gols no primeiro tempo. Inter inaugurou o placar com um gol típico e com assinatura de Leandro Damião: Jogando de costas, recebe passe de Oscar, gira sobre adversário e bate da entrada da área com chute rasteiro. Fluminense só balançou as redes na bola parada, curiosamente, dois gols idênticos: Thiago Neves cobrando falta de pé trocado (pé esquerdo no lado direito) e procurando sempre a marca do pênalti; na primeira, Leandro Euzébio marcou em posição irregular, porém o arbitro nada viu; segundo gol, mesma cobrança e Fred vence marcação para marcar.
Segundo tempo
Se o clube gaucho já tinha leva domínio do jogo na primeira etapa, nesta segunda ficou evidente as propostas de jogo: Inter se postando no campo adversário e empurrando o Fluminense para seu campo; Flu recuado e abdicando de atacar, dependência das bolas paradas ficaram ainda mais evidentes.
Taticamente o Inter se mostrou ainda mais claro no 4-2-3-1, com bola e sem a mesma. Uma pequena mudança: Oscar passou a ser o winger pela direita, Tinga pelo centro e Datolo permaneceu na esquerda. Esta mudança favoreceu o jogo pelos flancos ao Inter, Oscar comandou o lado direito e Fabricio tentando acionar Datolo na esquerda.
Primeiros minutos deste segundo tempo pareciam um replay do primeiro, pois o Fluminense conseguiu no espaço de 5 minutos, quatro faltas a seu favor no campo ofensivo. O estilo de cobrança seguia o mesmo: Thiago Neves cobrando de pé trocado na direita e Deco, de mesma maneira, na esquerda.
Taticamente o Fluminense tinha pequena inversão: Os meias, Deco e Jean trocavam de lado; Thiago Neves a Rafael Sóbis, para confundir marcação, invertiam as pontas.
O andar da carruagem era a favor do Inter, mas isto não bastava, pois o lado esquerdo era inútil com Datolo. Dorival propôs a primeira mudança aos 15 minutos, sacou o argentino Datolo e coloca Jajá em campo. O posicionamento do meio campo colorado segue o mesmo. Com Jajá o Inter ganha em força física, combate direto aos defensores, chute de longa distancia e jogo vertical.
O Inter seguia dominando, porém a bola teimava em não entrar. Fluminense tinha lampejos de sobriedade com contra-ataques nos flancos, puxado pelos pontas.
Passados nove minutos da primeira mudança e, novamente Dorival iria utilizar o banco de reservas. Desta vez mais ofensivo, Dagoberto entrou no lugar de Guiñazu. Com mudança Tinga passou a ser volante ao lado de Sandro Silva, Dagoberto foi jogar no lado esquerdo, Jajá pelo centro e Oscar na direita.
No intervalo de três minutos Abel mudou duas vezes. Fred sentiu e Rafael Moura entrou no seu lugar aos 26 minutos. Três minutos após, Valencia ingressou no lugar de Deco. O time seguiu no 4-2-3-1, mas agora com Valencia e Edinho plantados frente a zaga e Jean mais a frente.
Diagrama tático : Flu entre o 4-2-3-1 e 4-3-3. |
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Faltando menos de dez minutos para o final da batalha, Dorival foi para o tudo ou nada. Jô entrou no lugar de Tinga. O esquema já não podia mais ser definido, ora parecia um 4-4-2 ora 4-1-3-2. Certo era que o Inter contava com dois centroavantes de área, Jô e Leandro Damião, deviam ser municiados com bola aérea e jogando sobre os dois zagueiros.
Flagrante tático : Inter no 4-1-3-2. |
O 2x1 do primeiro tempo se manteve. Fluminense classificado por, simplesmente, marcar mais gols que seu adversário. O futebol é assim, nem sempre o melhor vence.