Copa do Brasil - Atlético-MG 2 x 1 Goiás

Pela Copa do Brasil Atlético-MG 2 x 1 Goiás
Com 25min de jogo na primeira etapa, o Atlético-MG já tinha feito dois gols e assim igualado a vantagem que o Goiás conquistou no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, em Goiânia. Os responsáveis por isso eram dois jogadores considerados reservas no time de Cuca - Neto Berola e Mancini. Porém, ao final do jogo, o gol de Felipe Amorim eliminou o Atlético-MG e frustrou o que seria a noite dos reservas em Belo Horizonte.

Os atleticanos esbanjaram disposição dentro de campo logo no começo. O baiano Neto Berola, que substituía o jovem Bernard, expulso na primeira partida, recebeu um levantamento dentro da área e, com tranquilidade, abriu o placar no Independência.

Contudo, Neto Berola, bastante contestado pela torcida por não ter condicionamento físico para suportar 90 minutos de jogo, mais uma vez teve que deixar o gramado antes do apito final. Com uma contusão na coxa, teve saiu para a entrada de Escudeiro.

O argentino, que vinha sendo titular, desta vez ficou no banco e deu lugar para Mancini começar o jogo. E foi justamente o veterano meia-atacante, que desde o ano passado não consegue se firmar na equipe alvinegra, o outro "reserva" a ser decisivo em campo. O jogador participava bastante e incentivava os companheiros a todo momento. E, depois de um pênalti sofrido pelo próprio Escudero, Mancini cobrou e fez 2 a 0 para o time mineiro.

O jogo foi eletrizante na primeira etapa. O Goiás, bastante acuado, teve apenas duas chances com Ramon, mas não conseguiu ultrapassar a meta de Giovanni. Porém, veio o segundo tempo e com ele um apagão do Atlético-MG. Mesmo com o empenho dos jogadores "reservas", o time não conseguiu pressionar a equipe esmeraldina, que passou a dominar o jogo.

O Goiás veio disposto a diminuir a vantagem atleticana e perdeu grandes chances com Iarley e Ricardo Goulart. Em uma delas, Goulart obrigou o goleiro Giovanni, que herdou a vaga de Renan Ribeiro com a camisa 1 do Alético, a fazer uma grande defesa à queima-roupa.

Mancini fez gol e beijou escudo, mas saiu frustrado no final. Foto: Douglas Magno
A reação atleticana veio somente aos 36min, quando Serginho, que substituiu Mancini arriscou de fora da área e levou perigo a meta de Harley. O jogo se encaminhava para a decisão nos pênaltis, quando, aos 40min da etapa final, em uma falha de Triguinho, Felipe Amorim driblou e chutou forte, eliminando o Atlético-MG da competição.

O gol desmoronou a empolgação da torcida. Ao final, os 18 mil torcedores que incentivaram o time durante quase todo o jogo, pediram contratações para a equipe mineira e chegaram a vaiar o técnico Cuca.

Jogadores do Atlético-MG culpam segundo tempo ruim por eliminação

O volante Pierre lamentou a eliminação e o segundo tempo ruim.
"O primeiro tempo espetacular, demos uma pressão na equipe adversária, conseguimos dois gols e depois perdermos jogadores importantes, caso do Berola, que estava bem no jogo e infelizmente acabamos sofrendo um gol e fomos eliminados. Agora é ter a cabeça tranquila porque a gente tem a decisão do Mineiro", declarou.
O meia-atacante Mancini, que marcou o segundo gol do Galo em cobrança de pênalti, foi enfático ao afirmar que a atuação na etapa complementar foi horrível. O jogador não fugiu a responsabilidade e disse que a culpa pela eliminação foi dos atletas, e fez questão de parabenizar a torcida que lotou o Independência.
"A gente fez o mais difícil que foi o 2 a 0, e depois não jogou. O segundo tempo foi horrível, a equipe aceitou tudo que o Goiás fez. Agora é bola para frente, porque temos a final do Mineiro contra o América-MG. Vacilamos demais, a culpa é toda nossa, nós assumimos. A torcida fez a parte dela, lotou o Independência e foi uma vitória amarga, porque perdemos a classificação mais uma vez, e vamos rever algumas coisas para melhorar", encerrou.

Fonte : Terra Esportes