Um imenso puteiro.

No momento em que começo essas linhas, assisto a mais uma goleada do Barcelona. Aquele Barcelona que Andrés Sanchez definiu como "balela". Mas se o Barcelona é balela, parceiro, não consigo encontrar palavra suficientemente pejorativa para definir o estágio atual do futebol brasileiro.

Depois de uma semana afastado a fim de curtir o feriado, retomo a velha rotina. Chego em casa cansado, atiro a mochila pro lado, abro os principais sites de esportes para voltar a exercitar o gosto pelo teclado.

Pois, logo de cara, me vejo a ficar estupefado, graças à súmula do Flamengo X Vasco e o absurdo dos cartões vermelhos apagados.

súmula do Flamengo X Vasco e os cartões vermelhos apagados

Mesmo assim, sou insistente. Sigo em frente. Não há motivo para ficar desesperado. Daqui a algumas linhas, penso, o panorama terá melhorado.

Certeza que já não nutro com tanta intensidade ao ver Neymar na Câmara dos Deputados, casa daqueles..., a essa altura as retiscências o amigo leitor deve haver completado. Alívio, o menino estava lá para ser homenageado.

"Ufa" imediato, não prolongado. Porque aparece Jóbson novamente enrolado. Por outro ato indisciplinado, o botafoguense acabou, pra variar, multado.

Apenado, feito o Barbalha, time da segunda divisão cearense, que foi a campo sem um mísero jogador regularizado. E que, por isso, tende a ser duramente castigado.

Do jeito que foi Emerson "Sheik", pelos agentes da "Lei Seca" parado, por não fazer o teste do bafômetro ao ser solicitado.

Ora raios, agora, confesso, estou desesperançado.

Pra piorar, os funcionários que trabalham na construção da Arena das Dunas, um dos tantos elefantes brancos bem pesados, afirmam os próprios, estão sendo mau remunerados, deixando o serviço estacionado. E depois o Sr. ministro encontra coragem pra dizer que os cronogramas estão pouco atrasados.

Bom, no momento em que termino essas linhas, revejo os gols de mais uma goleada do Barcelona. Aquele Barcelona que Andrés Sanchez definiu como "balela". Mas se o Barcelona é balela, parceiro, fico com o depoimento de Wágner Love pra definir o futebol brasileiro, no que, pasmem, li de mais leve nesse tempo inteiro: "rola suruba entre os jogadores. Se tiver seis homens, vamos dizer que vai ter umas oito mulheres".

É, por aqui, o esporte que adoramos virou um imenso puteiro.

Abraço!