Te espero na final.

No começo da transmissão, pensei haver problemas relacionados ao som ambiente. Depois de um "não queremos passar vergonha nessa porra", dito por algum jogador do Fluminense, ainda na roda que se formou na subida do vestiário, não ouvi mais nada. A não ser, é claro, a voz, um tanto desprovida de emoção, do narrador.

Cadê os gritos? Cadê os cantos? Onde estariam os tricolores de Volta Redonda, que sempre prestigiam o Querido Pavilhão quando de suas visitas à Cidade do Aço?

O único ruído advindo do estádio, além das palavras dos jornalistas, que chegou aos meus ouvidos nos instantes seguintes foi o do altofalante, ou seria alto-falante, não sei, essas regras do hífen costumam me enrolar, para informar a respeito do gol do Vasco, aparente sinal de mau agouro na tarde de domingo.

Falaremos sobre o assunto com detalhes, mas fica escancarado que o Futebol brasileiro precisa melhorar sua embalagem. Eu acabara de assistir a Chelsea 5 x 1 Tottenham, pela Copa da Inglaterra, e me peguei com vontade de chorar ao sair do lotado WEMBLEY para aportar em um cenário Desolador no simpaticíssimo Raulino de Oliveira.

Ainda bem, ao menos, dentro do campo as coisas começaram Bonitas. Com o Olaria frouxo na marcação, o Fluminense encontrou os espaços os quais aprecia e logo marcou TWICE, através de Rafael Moura "He-Man" e Deco. O primeiro afastou de vez a "SÍNDROME de SANSÃO" ao correr para o abraço ao empurrar a pelota para as redes novamente, pouco após ANDERSON cometer um PÊNALTI TOSCO e ceder um tento ao adversário azul e branco.

Em meio a toda essa agitação, cabe salientar que o ALTOFALANTE, ou seria ALTO-FALANTE, não sei, essas regras do hífen costumam me enrolar, voltara a atacar: uma vez com o NOVA IGUAÇU, uma com o VASCO, outra com o BANGU, configurando resultados que, até ali, botavam no nosso CORAÇÃO a esperança de que a sorte mudasse nos 45 minutos finais.

2700 segundos dos quais perdi LONGOS 675. DESABARA a chuva em Guarantinguetá deixando minha CLARO TV no ESCURO total, assim como a internet VIVO quase MORTA, o que impediu o acesso imediato às seções de "tempo real" dos sites esportivos. Com isso, não presenciei a bola no TRAVESSÃO chutada por William, do Olaria, nem a boa chance desperdiçada por Carlinhos.

INFELIZMENTE, no país que se vangloria de ser uma das economias fortes do planeta, a prestação de serviços não passa de uma piada de PÉSSIMO GOSTO. E já rolava o tempo técnico no exato momento do RESTABELECIMENTO do SINAL.

Que trouxe um gol de Anderson, um de Thiago Neves, porém dois do Bangu, que, na TAÇA RIO, se mostrou IMORTAL.

Mas, apesar da ELIMINAÇÂO, tenha calma, TRICOLOR. Não entra em parafuso por conta de um TURNO de ESTADUAL.

Ah, e você, camarada rival, briga aí. Porque tô te esperando, TRANQUILINHO, com vaga garantida na grande final.

Abraço!