Edmundo foi a revelação do Vasco em 1992, o que o levou a ser contratado a peso de ouro pela Parmalat, recém chegada ao Palmeiras, no começo de 1993.
No time alviverde ganhou notoriedade, por conta dos inúmeros títulos que conquistou. Virou o Animal, um dos melhores apelidos que há.
Em 1995, visitou o Flamengo que não deu certo, que tinha Sávio, Romário e Edmundo (e Luxemburgo), excursionando em seguida pelo Corinthians.
Em 1996, volta ao Vasco, para explodir em 1997, jogando por todo o time que foi campeão brasileiro daquele ano.
Foi então desbravar a Itália, pela Fiorentina, quando vivia o ápice da sua carreira. E foi pela Violeta que foi convocado para a Copa de 1998, quando TINHA que ser titular, ao lado de Ronaldo (então Ronaldinho).
Nesse miolo aí teve de tudo: porrada em jogador, torcedor, batida de carro, cerveja para macaco e outras coisinhas mais. Balada, bebida e mulheres de mais. Treino de menos.
A trajetória não pode parar, pois é muito interessante.
Em 1999 volta ao Vasco, para, no Mundial de Clubes da Fifa de 2000, formar a dupla de ataque com Romário e perder o pênalti decisivo que deu o título para o Corinthians.
O primeiro de muitos pênaltis.
Em seguida, vai ao Santos, pelas mãos aventureiras de Marcelo Teixeira, passa pelo Napoli, e experimenta Minas Gerais, pelo Cruzeiro.
Nesse campeonato, em confronto Vasco x Cruzeiro, em São Januário, perde outro pênalti, com o agravamento de ter conversado por muito tempo com o goleiro vascaíno. Até hoje especulam o os dois conversaram.
De 2001 a 2003, desbrava o Japão, com mais uma passagem pelo Vasco no fim do ano.
Em 2004 experimenta as Laranjeiras, com o Fluminense.
Edmundo estava decadente, e muitos achavam que estava bom já, mas em 2005 o Animal se reinventou.
Amadureceu em campo (e talvez fora), e trocou a velocidade por uma qualidade cirúrgica, no toque, dribles curtos e finalização.
Jogou pelo Nova Iguaçu, mas se destacou mesmo no Brasileiro, pelo Figueirense.
Com o bom desempenho, voltou ao Palmeiras, onde ficou em 2006 e 2007, sem muito brilho.
Em 2008, voltou ao Vasco, perdendo (que novidade!) pênalti importante na Copa do Brasil, quando o Vasco foi eliminado pelo Sport.
Se aposentou no mesmo ano.
Semana passada, o Animal teve sua despedida pelo Vasco, com toda aquela melancolia.
Em São Januário só se sondava: E SE Edmundo não tivesse saído do Vasco, em 1992, onde teria chegado?
E ‘se’ Edmundo não tivesse saído do Vasco, em 1997, o que eu teria feito?
E ‘se’ Edmundo tivesse sido titular na Copa de 1998, teria se consagrado na seleção?
E ‘se’ Edmundo tivesse acertado os pênaltis importantes que perdeu?
E ‘se’ Edmundo tivesse juízo desde o começo?
E ‘se’ Edmundo tivesse gostado menos de balada e bagunça, não tivesse dado cerveja para o macaco, se envolvido em acidente fatal?
E ‘se’ Edmundo tivesse sido diferente, onde teria chegado.
‘Se’ fosse diferente não seria o Animal, que todos amam e odeiam.
E talvez não teria ganho este pitaco, importante homenagem.
Sobre Edmundo e o 'se'
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no dia 3 de abril de 2012
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2012-04-03T11:52:00-03:00
Luciano Faneca
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