Sobre a contratação de Wesley

O Palmeiras contratou muito bem na virada do ano. Trouxe Juninho, boa revelação do Figueirense; Román, zagueiro esquisito do River Plate; Artur, lateral do São Caetano para fazer sombra para Cicinho; Daniel Carvalho, para revezar com Valdívia; e Barcos, para tomar conta do ataque.

Mas faltava um ‘camarão’ para Felipão completar seu desejo: Wesley. O meia surgiu no Santos, em 2007, e jamais se fixou. Era um meia-atacante ruim, e que não contava com paciência da torcida, que pegava no seu pé.

Em 2009, Wesley foi emprestado ao Atlético-PR, onde recuou de posição, chegando a jogar como ala no 3-5-2 de Antonio Lopes. Em 2010, voltou ao Santos pelas mãos de Dorival Jr., e foi muito importante no semestre de ouro que o Peixe teve. Jogou de volante, ao lado de Arouca. E de lateral, quando Dorival escalava Marquinhos no meio.

Com o destaque, despertou o interesse do Werder Bremen, da Alemanha, onde ficou até dezembro. Foi então que a diretoria palmeirense, fazendo as vontades de Felipão, foi atrás do jogador. E se arriscou no tal do ‘crowdfunding’ para viabilizar a contratação.

Lançada a campanha, imperou o fracasso absoluto. Dos 21 milhões que diziam a contratação custaria, não arrecadaram nem 500 mil, uma vergonha. Como não se conseguiu alcançar o valor total, a arrecadação foi desfeita e o valor não descontado dos doadores.

O Verdão então bancou a contratação, com ou sem investidores.

Wesley foi apresentado e mandado a campo poucos dias depois.

Vem jogando mal, abaixo do que pode. Segundo fofocas verdes, porém, desperta ciumeira no elenco por conta de seu polpudo salário.

De qualquer modo, se o Palmeiras pagou 21 milhões de euros por Wesley, o Parque Antártica deveria virar um grande manicômio.