
Dorival Junior segue com seu 4-2-3-1. Se contra o Fluminense, Dorival já não tinha jogadores à disposição, contra o Grêmio só piorou. Oscar e D’Alessandro sem previsão para voltar, mas o comandante colorado não contava com ausências de Dagoberto e Kleber, lesionados na partida anterior. Nei estava suspenso e também não foi a campo. Com tantos desfalques a dinâmica de jogo ficou prejudicada, o estilo de jogo já na era o mesmo. Dorival primeiro defendeu para depois atacar.
Luxemburgo inventou neste Gre-Nal. Armou sua equipe no 4-3-3 sem criação, objetivo, mas sem conclusões a gol. Um time que acelera o jogo no meio campo, apenas com passes laterais, porém sem atacantes com “faro” de gol. O time como um conjunto era previsível e facilmente marcado, primeiro tempo acabou sem finalizações a gol, apenas uma intervenção de Muriel.
![]() |
Diagrama tático : Inter 4-2-3-1, Grêmio 4-3-3. Setas pretas movimentos ofensivos, amarelas defensivos. |
Souza foi um meia plantado pela direita, não atacou. Marco Antônio só jogava com bola no pé, apenas lançava Miralles em velocidade pelo corredor direito.
![]() |
Flagrante tático : Grêmio no 4-3-3 |
![]() |
Flagrante tático : Inter no 4-2-3-1 |
Sem bola o Grêmio tinha uma variação. Bertoglio recuava e se tornava ponta-de-lança, deixava de ser ponta, esquema saía do 4-3-3 para 4-4-2 losango. Porém, o argentino não acompanhava ninguém, apenas fazia volume no meio campo. Esta variação de esquema tinha como intuito diminuir o volume colorado no meio, pois eram 5 colorados contra 3 gremistas.
![]() |
Flagrante tático : Grêmio no 4-4-2 losango com recuo de Bertoglio. |
Com gol sofrido o Grêmio passou a pressionar a linha de defesa colorada. O tridente ofensivo pressionava os zagueiros para que estes, acuados, errassem a saída de bola. O resultado saiu no segundo tempo.
Segundo Tempo
Precisando empatar, Luxemburgo mudou durante o intervalo. Saíram os apagados André Lima e Miralles, para entrar Marcelo Moreno e Marquinhos, respectivamente. Luxa espelhou o esquema colorado, 4-2-3-1 com encaixe de marcação. Os volantes foram Souza na direita e Fernando na esquerda. Meias, Marco Antônio na direita, Marquinhos pelo centro e Bertoglio na esquerda. No ataque o solitário Marcelo Moreno.
![]() |
Flagrante tático : Grêmio espelhando o Inter no 4-2-3-1. |
O Grêmio passou a jogar pela direita e “esqueceu” o lado esquerdo. Porém o que já era ruim ficou pior. O time apenas trocava passes laterais, evoluía com muito custo. As dobradinhas entre: Pará/Bertoglio e Gabriel/Marco Antônio eram de baixa qualidade, pouco se aproveitava. Marquinhos joga apenas com bola no pé.
O Inter mesmo acuado em seu campo não demonstrou instabilidade no setor defensivo. Os wingers auxiliavam os laterais na marcação pelos lados e estando muito atrás, a transição era lenta. A única tentativa era de rifar bola para o ataque e encontrar Leandro Damião.
Gol! Tricolor empata aos 10 minutos. Fernando cobra bala na trave e no rebote, Werley marca, tudo igual.
Divisor de águas. Aos 19, o gandula ajeitou a bola para cobrança rápida de Dátolo e o juiz anulou a cobrança. Só que Luxemburgo saiu enfurecido para cima do gandula, o que gerou empurrões e um princípio de confusão que resultou na expulsão do treinador gremista.
Porque divisor de águas? Pós-confusão de Luxa, o Grêmio se perdeu. O s quatro minutos de parada favoreceram ao colorado. O tricolor não encontrou mais espaços para jogar e ainda viu o Inter crescer na partida.
Dorival faz primeira mudança. Sai Datolo, entre Jô. O time ganha em porte físico e bola aérea. Com Jô em campo o time fica dependente de apenas Fabricio pelo flanco, pois na direita ninguém ocupou este espaço. Segue o 4-2-3-1, porém ainda mais afunilado.
![]() |
Diagrama tático : Grêmio e Inter no 4-2-3-1. |
Gol! Inter novamente a frente do placar. Jajá cobra escanteio e encontra a cabeça de Fabricio. Belo gol que definiu o clássico.
Sem Luxemburgo no banco, André Lima ficou a beirada do gramado durante alguns minutos. O centroavante recebeu ordens e chamou Leandro. O garoto entrou no lugar de Bertoglio. Segue o 4-2-3-1 com inversão de Leandro com Marco Antônio.
A vantagem deu moral ao Inter. A equipe ganhou as ações de jogo e seguiu no campo ofensivo. De fora da área, Jajá e Leandro Damião ainda tiveram chances de ampliar o placar. No final Dorival substituiu Jajá por Bolatti.