Jogador a mais, cérebro de menos.

O time é o campeão da Taça Guanabara, lidera o grupo na Libertadores, vem de boas atuações, o treinador tem o elenco nas mãos, mas não tem jeito: TORCEDOR é bicho complicado. Ainda mais quando guarda no coração uma pontinha de mágoa com o "professor", ele quer RECLAMAR, RECLAMAR e RECLAMAR.

O Fluminense foi a campo com Cavalieri, Souza, Euzébio, Anderson, Carleto, JEAN, DIGUINHO, EDINHO e WAGNER, Sóbis e Rafael Moura. Escalação nessa exata ordem postada por vários perfis informativos no Facebook, o que logo impeliu o apressado blogueiro a proferir IMPROPÉRIOS contra Abel Braga por, SUPOSTAMENTE, mandar a o gramado uma meiúca composta por dois brucutus, um meio brucutu e um enganche que, até o início da escrita, não dissera ao que viera nas Laranjeiras.

Diga-se de passagem, INDIGNAÇÂO inicial compartilhada por outros tricoloucos nas democráticas vias da GRANDE REDE, ávidos por assistirem em ação ao jovem argentino Manu LANZINI.

Mas, enfim, toda a encheção de linguiça é puro RODEIO para reconhecer a falha na análise por parte de quem, há horas, se acha expert no assunto: ABELÃO nos enganara e, com EDINHO, DIGUINHO, SOUZA e WAGNER na faixa central, o Flu começou bem a peleja, criando chances, a melhor delas perdida por Rafael Sóbis. Desperdício no ataque adversário seguinte castigado, porque no futebol vale a surrada máxima de que QUEM NÃO FAZ, LEVA.

De pênalti, cometido pelo IMPRUDENTE Carleto, convertido pelo dançarino "MALVADINHO" Gaúcho, o também DESFIGURADO Flamengo abria o placar, para pouco depois ampliar com o ressucitado "XAROPINHO", em FALHA do zagueiro Anderson.

Quadro de DESESPERO aliviado apenas na expulsão do camisa 10 adversário, sucedida por um bombardeio à meta de Paulo Vítor, indicativo de que a virada na segunda etapa seria missão possível para o TIME DE GUERREIROS, que se dirigiu aos vestiários ao som do sucesso "Nense! Nense! Nense!", dada, apesar da derrota parcial, a boa apresentação de Souza e companhia nos quarenta e cinco minutos iniciais.

E o FOGO do momento derradeiro da metade anterior voltou a queimar no retorno dos vestiários. No entanto, não da maneira apropriada. Ao invés de atacar pela superfície do terreno rubro-negro, o Flu passou a apostar em um ataque AÉREO, já reforçado pelo lateral apoiador Wallace e o alto Samuel "Skank" Rosa, opção que me recorda de indicar ao leitor um brilhante texto do zagueiro Paulo André, publicado no Blog do Juca Kfouri, sobre o atraso do futebol brasileiro: "Quase não temos estudiosos do jogo, das variações táticas ou dos treinamentos específicos", afirma o defensor corinthiano, sugerindo a incapacidade de nossos "professores" de buscarem soluções eficazes para a reversão de situações adversas durante uma partida.

Solução que, a essa altura, para a torcida, atendia pelo nome de um guri argentino enviado à BATALHA somente quando o cronômetro marcava cerca de vinte minutos. Com ele, talvez, a equipe seguisse o beabá de enfrentar um onze que fica com dez: tocar a bola, envolvendo o adversário, ao invés de apelar pelo inútil expediente dos "CHUVEIRINHOS".

Essa noite, a marca registrada de um esquadrão que teve um JOGADOR a mais, mas CÉREBRO de menos.

Abraço!