Sobre 'el Mago' Valdívia

Valdívia nasceu em Maracay, Venezuela, mas adotou como pátria o Chile. Surgiu no Colo-Colo, no começo dos anos 2000. Bem cedo, se aventurou na Europa, mas não conseguiu vingar. Passou pelo espanhol Rayo Vallecano e pelo Servette, da Suiça.

Missão falida, voltou ao Chile e ao Colo-Colo, de onde chegou ao Palmeiras, bancado por Salvador Hugo Palaia. Foi se tornar realidade em 2008, com o título paulista e gozação frente a Rogério Ceni.

No meio daquele ano, o Al Ain veio e levou o jogador por uma boa bagatela. Por 2 anos, sumiu nas Arábias, até que em 2010, Belluzzo fez uma manobra ousada e trouxe ‘el Mago’ de volta, pagando um preço salgadíssimo, parcelado e endividador.

Muitos questionaram a contratação (e o preço!), mas Belluzzo defendia o negócio pela significância de repatriar um ídolo.

Valdívia é um jogador diferenciado, tem ótimo drible e boa finalização, principalmente de mais longe.

Não é um meia clássico, tem um passe apenas razoável, visão de jogo limitada, mas muita habilidade com a bola.

Tem ainda ginga, malandragem, que agradam demais à torcida palmeirense.

Na seleção do Chile jamais cumpriu o que se esperava, e foi punido diversas vezes por indisciplina, por chegar bêbado em treino, etc. Amargou diversas suspensões pela própria Federação Chilena em virtude disso.

No retorno ao Palmeiras, Valdívia apresentou pouco futebol, visitando com frequência exagerada o departamento médico. Participou de baixíssima porcentagem das partidas.

Se envolveu, porém, em muitas polêmicas, como suposta infidelidade, pouco cuidado com lesões, noitadas exageradas, etc.

Apesar disso, é homem de confiança de Felipão em seu esquema.

A idolatria vem muito mais pela irreverência do que pelos títulos.

Na relação futebol x idolatria, Valdívia é, sem dúvida, o maioral.