Sobre LAOR (parte 2/3 - Administração)


Pitaco passado, vimos o histórico de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. Vimos a participação intensa de sua família no Santos; vimos a devoção de LAOR para o clube; vimos o histórico empresarial do presidente santista, tudo para entendermos bem as decisões tomadas na sua gestão.

Neste pitaco, analisamos sua administração à frente do clube.

LAOR assumiu o Santos em dezembro de 2009, pronto para realizar uma grande mudança na gestão do Santos, mediante alteração estatutária. Foi proposta desde antes da eleição um sistema de gestão diferente do regime centralizado de Marcelo Teixeira.

Foi formado um grupo gestor, composto por empresários, executivos, publicitário e advogado notáveis, dispostos a somar seu conhecimento, de forma voluntária, em prol do clube.

Segundo Álvaro de Souza, integrante do grupo, são realizadas reuniões semanais, com o presidente LAOR e o vice Odir Cunha, nas quais são decididas todas as questões referentes ao futebol – a palavra final é do presidente, todos garantem (veja mais aqui).

Só essa mudança já representa uma grande alteração conceitual, sendo inserida pela 1ª vez uma gestão moderadamente coletiva. Os números demonstram que vem fazendo sucesso. Afinal, são 4 títulos em 2 anos, aumento brutal de receita, entre outros.

Voltemos à época em que LAOR assumiu o clube:

A equipe vinha de um mau 12º no Brasileirão. O 1º ato do presidente foi trocar o comando técnico. Saiu Vanderlei Luxemburgo, entrou Dorival Júnior, que vinha de acesso pelo Vasco.

De cara, o presidente providenciou a limpa de vários refugos do elenco. Saíram Adaílton, Fabiano Eller, Domingos, Fabão, Astorga (!), Wagner Diniz, Germano, Lucio Flávio, Molina, Bolaños, Roni e Kleber Pereira, entre outros. Que limpa!

Por seu turno, chegaram Durval, Danilo, Marquinhos. Wesley retornou com moral de empréstimo. Arouca foi trocado por Rodrigo Souto com o São Paulo. Neymar e Ganso foram erguidos a peças fundamentais, e André e Rafael assumiram bem suas funções (de centroavante e goleiro).

A cereja do bolo ficou por conta de Robinho, repatriado com uma verdadeira engenharia financeira.

No 1º campeonato disputado, título paulista, tornando-se o presidente campeão em menos tempo de comando. Na sequência, título da Copa do Brasil-10, e papel secundário no Brasileirão-10.

2011, novo título paulista, seguido do ápice – Libertadores-11. Em seguida, novo papel secundário no Brasileiro-11.

No fim do ano, fracasso no Mundial, seguida de férias esquisitas e reformulação no departamento de futebol.

Primeiro, foi anunciada a saída do consultor Fernando Silva, e a ‘promoção’ de Pedro Luiz Nunes à superintendência de futebol. A alteração causou reboliço político, pois a influência de Fernando Silva é grande e sua saída ‘repentina’ teria desagradado a alguns. O vice Odir Cunha tratou da troca em seu blog, dando mais informações (clique aqui).

Outra mudança sentida foi a demissão de Marcelo Martelotte. LAOR tinha como ideia que fosse estabelecida uma comissão técnica fixa, e contratou no início de sua gestão o ex-goleiro.

Marcelo Martelotte serviu de auxiliar técnico, e até assumiu o comando em situações de lacuna, como a demissão de Dorival e de Adílson.

No fim de dezembro, porém, foi comunicada sua demissão, com repartição de suas funções internamente. As duas principais causas foram a chegada de Muricy, que já tem um auxiliar de confiança – Tata – e o bom trabalho de Marcelo Fernandes, que já realizava todo o estudo de adversários e estatísticas.

No ano de 2012, diz o discurso oficial que o Santos entrará forte para a disputa da Libertadores.

A única perda significativa foi Danilo, que seguiu para o Porto. Para reposição foi acionado Jonas, destaque do Coritiba.

Não há, assim, grande mudança no elenco santista para a temporada.

Vamos ver como o Santos se sai no 3º ano de mandato do presidente.

Próximo pitaco, decisões pontuais (e polêmicas) da gestão LAOR.