Ouro de tolo.


São 17:32h do domingo. Acabo de em casa chegar .

Desde a sexta pela manhã longe das notícias, é hora de me informar.

Há uma novidade.

Que me faz lembrar de "Ouro de Tolo", da voz de Raul Seixas, do seu conceito de felicidade.

Eu devia estar contente.

Descubro, vai um caneleiro, vem um craque reforçar o time da gente.

Mas, por alguns minutos antes de prosseguir, paro pra refletir.

Já critiquei muito o tal caneleiro.

Por sua dificuldade em dominar uma bola.

Pelo enorme sacrifício para aos seus companheiros entregar a pelota.

Valeu, Marquinho!
É, eu devia estar contente.

Além do pereba ir embora, chegará um legítimo camisa 10.

Aliás, outro camisa 10.

Que deixará meu time cheio de potenciais camisas 10.

Um craque.

Melhor, um quase craque.

De quem nunca reclamei dos passes.

De quem nunca reclamei do domínio de bola.

Com quem vivi momentos de entrar para a história.

Mas, prossigo angustiado.

É quando mexo e remexo em antigos escritos.

Bom, que bom, está explicado.

Para conquistar um torcedor, não basta um jogador ter talento.

É preciso vestir a camisa.

Se não amar, é essencial respeitar.

E se muitas vezes critiquei o caneleiro por sua falta de habilidade.

Outras tantas o exaltei por sua entrega de verdade.

Feito vibrei com os bonitos gols do craque.

Mas critiquei seus problemas de personalidade.

Definitivamente, não consigo ficar contente.

Quando, enfim, volto a "Ouro de Tolo".

Para a Marquinho desejar todo sucesso na vida.

E agradecer por aquela falta que em 2009 não me deixou decepcionado.

Para a Thiago Neves recordar que ele é humano.

E que com a torcida tricolor ele já se comportou feito um ridículo, dos mais limitados.

Abraço!