"Bobo".

Coloquei o título entre aspas porque a definição não é minha. É de dona Anna, minha mãe, que a utiliza com propriedade ímpar.

Para você entender, o "bobo" dela não é aquele bobo legal, bem humorado, que faz a gente rir. É aquele bobo chato, o da piada sem graça, com necessidade de autoafirmação, que adora aparecer.

Bobo feito Pelé. Digo, bobo feito Édson Arantes do Nascimento, o alter-ego do rei do futebol. Distante, mas tão próximo de outro bobo bom de bola, Maradona. Diferentes, porém tão parecidos quando começam com a tola disputa para saber quem foi o melhor. Como se obrigatoriamente todos devessem considerar os dois os melhores.

Bobo feito Ronaldo "Fenômeno". Digo, bobo feito Ronaldo Nazário, o alter-ego do maior artilheiro da História das Copas. Que, no papel de bobo da corte, bajula o rei Ricardo e seu governo absolutista à frente da CBF. Que, flamenguista, adora fazer média com a torcida corinthiana nos programas de TV.

Bobo feito o caneleiro luso-brasileiro Pepe. Um cavalo. Que pensa que a gente é bobo e não viu a intenção no pisão na mão de Messi, com o argentino ainda no chão.

Bobo feito muitos jogadores de futebol . Que - nada contra o rapaz - engessaram as comemorações de gol com o tal do "ai, se eu te pego", do Michel Teló. Que foi transformado em bobo, aliás, depois do famigerado "João Sorrisão", no novo "João Bobo" do esporte da Globo.

Bobo feito certos jogadores de vôlei. Que pelo Twitter falaram muito, mas na TV disseram pouco em críticas contra a CBV.

TT e TV, diga-se de passagem, potencializadores e propagadores de bobos e bobeiras. Assim como esse blog, que, gentilmente, cede esse espaço para que eu possa desfiar toda minha ranzizagem

Abraço!