Leão o colecionador de polêmicas


O São Paulo passou menos de uma semana sem treinador. Emerson Leão foi anunciado na manhã desta segunda-feira como técnico da equipe até, no mínimo, o final desta temporada. No entanto, junto com a experiência, o novo técnico tricolor traz ao clube também uma bagagem carregada de polêmicas em mais de 20 anos de carreira.

Na passagem pelo São Paulo em 2004, inclusive, o técnico protagonizou uma delas. Na época, ele montou o time que se sagrou campeão Paulista de 2005, mas logo deixou o Tricolor rumo ao Vissel Kobe (JAP). Segundo ele, estaria pagando uma dívida a um amigo, mas esqueceu de avisar do alto salário que lhe foi oferecido.

Conhecido por treinos rígidos e pela parte da manha, Leão já sempre conquistou desafetos por onde passou. Em alguns clubes proibiu os boleiros de: Jogar videogame, poker, sinuca, balada nos dias de folga, toque de dormir (espécie de toque do recolher), entre outras peripécias. Tudo para maior concentração nos dias de jogos. É claro que nenhum grupo de boleiros gostaria que tirassem seus mimos.

Agressão na Bahia (2010)

Durante o Brasileirão do ano passado, Leão discutiu e agrediu um repórter depois de empatar por 2 a 2 com o Vitória, em Salvador. O técnico não gostou da pergunta do jornalista, partiu para a briga e incitou os próprios jogadores. Rafael Moura agrediu um jornalista com um soco no rosto, o que o derrubou no gramado e o fez sangrar. Após a confusão, Leão foi levado à delegacia para prestar esclarecimento e foi muito xingado pela torcida baiana.

Pediu demissão (2009)

Emerson Leão comandava o Sport no Brasileiro de 2009. Conhecido pelo temperamento forte e a rigidez com que comanda o grupo, o treinador não gostou nada de ouvir que a diretoria havia acertado com o atacante Marcelo Ramos sem o seu conhecimento. Irritado, Leão declarou que se a contratação tivesse sido fechada, ele entregaria o cargo e o presidente que assumisse o comando do time. No dia seguinte, foi demitido.

Polêmicas no Peixe (2003 e 2008)

Em 2003, na geração dos "Meninos da Vila" de Robinho e Diego, Leão polemizou ao mandar o atacante para a reserva. O técnico criticou Robinho publicamente, e deu a entender que ele não estava na mesma forma de 2002, quando foi campeão brasileiro. Em 2008, mesmo sem ser o técnico do Santos na ocasião, conseguiu envolver-se em outra confusão. Na Vila Belmiro para cobrar uma dívida trabalhista com o clube, foi surpreendido e atacado por um grupo de torcedores. Na briga, quase foi atingido por um pedaço de concreto.

Time mediano? (2006)

Leão comandava o Palmeiras e já não era visto com bons olhos pelos jogadores - muito em razão do método rígido e treinos às 8h da manhã. Para piorar, deu uma declaração em que classificava o time como "nota 5". O clima piorou, o Verdão acumulou derrotas e o técnico foi demitido.

Agressivo (2006)

O repórter baiano agredido em 2010 não foi o único a sofrer "nas mãos" de Leão. Em um jogo contra o Guarani, no Paulistão de 2006, um repórter o acusou de agressão. Na saída do campo, o técnico foi cercado e não gostou de ser questionado sobre o assunto. Para abrir passagem, derrubou vários câmeras e repórteres.

Nada de argentinos (2006)

Sob a conturbada gestão da MSI no Corinthians, Leão colocou ainda mais lenha na fogueira do Parque São Jorge. Os argentinos Carlitos Tevez, Sebá Domingues e Mascherano eram algumas das estrelas do time. O técnico declarou que "não gostava de argentinos", e ainda tirou a faixa de capitão de Tevez porque não entendia "nada do que ele falava".

Discussão com Carlos Alberto (2006)

No mesmo ano, o técnico teve uma discussão ríspida com o meia Carlos Alberto, em frente às câmeras televisivas. Em um jogo pela Sul-Americana, contra o Lanús, o técnico tirou o meia ainda no primeiro tempo e ouviu xingamentos. O técnico retrucou e afastou Carlos Alberto. O episódio decretou a saída do meia no Corinthians.

Cabeça dura (1997)

No Atlético-MG, em 1997, Leão conquistou a Copa Conmebol. Mas na decisão contra o mesmo Lanús, protagonizou uma das piores polêmicas da carreira. No primeiro jogo, realizado na Argentina, o Galo goleou por 4 a 1, e as provocações do treinador levaram a uma briga generalizada no fim da partida. O técnico levou um soco e fraturou um osso do rosto.

Final de 78

Em 1978, a final do Campeonato Brasileiro foi entre Guarani e Palmeiras. Após receber cartão amarelo devido a um desentendimento com o jogador Bozó, Leão agrediu com uma cotovelada outro jogador do time de campinas e foi expulso.Ele demorou cerca de sete minutos para sair do campo, pois arrumou uma grande confusão: tentou tirar satisfações com o juiz e até mesmo bater em um guarda da Polícia Militar. Seu time perdeu o título desse ano.

São Paulo (2005)

O treinador foi para o São Paulo e lá conquistou mais um desafeto: o jogador Falcão. Falcão era a estrela da seleção brasileira de Futsal, sendo considerado melhor do mundo em várias oportunidades. Após receber proposta do tricolor paulista para tentar iniciar uma carreira no futebol de campo, o jogador foi dirigido por Leão, que não deu quase nenhuma oportunidade para Falcão, apesar de toda a torcida são-paulina pedir. Resultado: o atleta desistiu da carreira de jogador de futebol de campo. Em 2005, Leão perseguiu alem de Falcão, Luizão e queria afastar Cicinho e Júnior. Não conseguiu e se mandou para ajudar um amigo. Agora Rivaldo parece ser uma vitima.