A coisa tá feia na República Rio-Grandense.
Era 1983, Renato Portaluppi escrevia seu nome na história do tricolor gaúcho à frente da equipe rumo aos títulos da Libertadores da América e Copa Intercontinental (Mundial). Na década de 70, o Internacional conquistava o tri brasileiro, e Falcão comandava o meio-campo daquele time multicampeão.
O mundo deu voltas, na verdade muitas, visto os cabelos brancos na cabeça dos antigos jogadores. Quis o destino, os dirigentes e os próprios torcedores que esses grisalhos voltassem agora como técnicos nos clubes em que fizeram história.
Renato chegou e fez uma campanha sensacional no 2º turno do Brasileirão 2010. Foi novamente aplaudido e reverenciado pela torcida.
Falcão chegou, classificou o Internacional como 1º no grupo da Libertadores e foi campeão gaúcho.
Passado o mar de rosas, a expressão mais cansada do futebol voltou a ser verdade máxima: "Futebol é resultado".
No lado gremista, Renato não para de inventar. A última delas foi colocar zagueiros de origem na lateral e laterais no meio-campo.
Já no Beira-Rio, quem não para são os esquemas. Já foi usado o 4-4-2 com duas linhas, o 4-4-1-1, 4-5-1 com 3 meias de criação, 4-5-1 com 2 meias de criação, o clássico losango no meio-campo no 4-4-2 e por último o 4-4-2 com o meio-campo em quadrado atacando e duas linhas defendendo. Nada dá certo. As duas linhas de 4 jogadores foram bem no início, mas matavam D'Alessandro, que era obrigado a marcar e apagava na criação. Das outras, algumas já haviam sido usadas pelo antecessor Celso Roth e não é necessário falar sobre seu resultado.
A dupla grenal não está bem. Falta ataque no Grêmio. Miralles vem aí, mas não acredito que só ele consiga mudar muita coisa. A defesa não é lá essas coisas, mas pode se acertar com a contratação de um zagueiro para o lugar de Rodolfo, com a tíbia quebrada. Falta uma faxina no grupo do Inter, daquelas radicais mesmo. Jogadores experientes acomodados e com salários astronômicos não funcionam mais dentro de campo. Não há indignação na derrota e nem felicidade na vitória, tanto faz. O salário no fim do mês, o carro importado e a cobertura na praia vão continuar lá, com derrota ou vitória. Essa acomodação incomoda a torcida que mesmo não satisfeita com o trabalho de Falcão e dos jogadores, mostra compreensão com o técnico, visivelmente pelo passado vitorioso e por ver que o problema não é exatamente o treinador.
Nos dois lados as primeiras vaias vão virando coro, as mães começam a serem citadas e Falcão já não é certeza no comando do colorado se for derrotado no fim de semana.
Ídolo é ídolo, mas técnico é técnico!
Futebol Gaúcho - E as mães dos ídolos da dupla que se cuidem...
Papeado por
no dia 16 de junho de 2011
Categorias
2011,
Brasileiro 2011,
Falcão,
Grêmio,
Internacional,
Renato Gaúcho,
Viny Azevedo
Postagens relacionadas
Futebol Gaúcho - E as mães dos ídolos da dupla que se cuidem...
2011-06-16T15:08:00-03:00
Viny Azevedo
2011|Brasileiro 2011|Falcão|Grêmio|Internacional|Renato Gaúcho|Viny Azevedo|