Zico foi o passado do Flamengo. E poderia ser o futuro, se o Flamengo quisesse.
Aliás, corrijamos, o Galinho poderia representar o futuro do Rubro-Negro, caso por isso optassem seus dirigentes.
Digo desse jeito, porque é injusto reduzir a grandeza dos clubes à pequenez de alguns seres humanos.
Não há como discutir os eventuais dividendos que um ídolo do porte de Ronaldinho Gaúcho traria ao clube da Gávea e o faria a qualquer outro do país.
Bonecos e camisas vendidos em larga escala, estádios lotados, patrocínios polpudos e toda aquela conversa que serve para justificar mais uma das loucuras da cartolada tupiniquim.
Imagina, por exemplo, que você deve a três bancos, a escola de seus filhos está atrasada seis meses, o telhado de sua casa está prestes a desabar e, mesmo assim, você financia um carro zerinho. Pode, Arnaldo?
E no caso da matemática da presidente Patrícia Amorim e companhia de cabeça limitada há, ainda, um segundo grande entrave: a escolha por construir um elenco formado por atletas de comportamento explosivo e apreciadores das "maravilhas" da vida noturna.
Ou alguém acha que será uma cláusula contratual o suficiente para barrar noitadas e declarações polêmicas?
Mas, enfim, terminemos como começamos.
Zico foi o passado do Flamengo. E poderia ser o futuro, se o Flamengo quisesse.
Um futuro pautado na velha máxima de que "craque o Mengão faz em casa".
Uma nova era, talvez marcada por períodos difíceis, porém deveras compensadora a médio e longo prazo.
Pois, como escreveu Mauro Beting, na edição da revista Fut! de janeiro, "todos os grandes já viveram períodos ruins. Todos se salvaram."
E, acrescento, todos sempre se salvarão.
Sem precisar se submeterem aos caprichos de um único homem.
Renova, futebol brasileiro!
Bom dia e abraço a todos!