Ao invés de Felipe Massa, por que não prender alguns árbitros?

Ontem, escrevi que gostaria de ver, digo, não ver Felipe Massa ajudar Fernando Alonso na conquista do título da Fórmula 1, em 2010. Mas era aquele sentimento lúdico, entende? Tipo, do super-heroi que contraria o senso comum em prol de um ideal maior. Coisa de quem leu muito gibi na infância. Uma metáfora, se você é fã de figuras de linguagem.

Porque, na real, só um alienado para achar mesmo que o piloto brasileiro não fará o possível e o inconcebível para auxiliar seu companheiro de equipe, atenção a esse termo, na conquista do tricampeonato. E quer saber? Agora sim, ele tem todo o direito de fazê-lo. Fora da disputa, não custa nada fazer uma média com o time.

No entanto, vejam só, parece que a farsa protagonizada pelos ferraristas, na Alemanha, ainda não foi digerida por completo nessa pátria, mãe nem tão gentil, chamada Brasil. Tanto é que, pasmem, Massa periga, pelo menos segundo um promotor, a desembarcar de seu bólido vermelho e logo adentrar em um portentoso camburão da P.M paulista, caso, novamente, ouse abrir passagem para Alonso, na corrida de domingo.

O argumento é de que tão vil e covarde atitude feriria o estatuto do torcedor, em seu artigo 41-E, que diz ser crime "fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva".

Ora, amigos, digam aí se vocês não concordam. Por que não aproveitar a sede de justiça da autoridade e não promover uma onda de prisões, desculpem o trocadilho, em massa de alguns árbitros que andam a fazer besteira em cima de besteira no Campeonato Brasileiro?

Não, espera lá. Não estou chamando ninguém de ladrão, que fique claro. Árbitros erram não por intenção, mas por serem mal preparados e também devido às limitações impostas pela condição humana. Se bem que, no fim das contas, o resultado final não muda. Mesmo sem querer, esses caras alteram jogos, estragam trabalhos, e, de um certo modo, fraudam campeonatos, não é mesmo? E o pior, ninguém toma uma providência concreta.

É lógico, nunca se defenderá a prática de atos ilícitos no esporte. Embora o esporte seja cada vez mais negócio e menos esporte. E não é porque no futebol falhas são toleradas, que na Fórmula 1, o mais negócio dos esportes, também serão. Porém, como diz a gíria, cada um no seu quadrado. Até porque, se levarmos a ferro e fogo um por um dos absurdos acontecidos nas pistas, quadras ou campos, bastante gente verá o mundo de trás das grades.

Alô, justiça brasileira, a senhora tem problemas demais. Das pistas pode deixar que a FIA cuida.

Abraço!