G-3 ou G-4, ora bolas?



Como a Conmebol é boazinha.

Em um acesso de piedade para com o Brasil, a confederação-mor do continente resolveu devolver a quarta vaga do Brasileirão para a Libertadores.

Assim, o G-3 volta a ser o sonhado G-4.

Ah, mas tem um detalhe: se um time do país vence a Sul-Americana, tudo volta a ser como d'antes.

Entenderam?

Se não, presta atenção, que eu explico.

A partir de agora, todo mundo vai se assanhar, ou melhor, já se assanhou.

O presidente do Botafogo jura que a novidade é a motivação extra para que o time atropele na reta final do campeonato.

O Palmeiras então, deve estar radiante, com as duas chances de disputar o sonho "liberto-americano" em 2011.

Enquanto isso, o mandatário do Grêmio sonha com o vaga como presente de despedida de sua gestão.

Mas será que há mesmo algo a se comemorar?

Talvez sim.

Libertadores não é brincadeira. Gera visibilidade e, sobretudo, dinheiro.

Mas, com certeza, não há que se exaltar dirigente nenhum.

A confederação de Teixeira apenas cumpriu sua obrigação. E mal, diga-se de passagem.

A quarta vaga já era brasileira. Estava escrito no regulamento. Um pedaço de papel que seria seguido se o futebol por aqui fosse sério.

Só que a tal quarta vaga ainda não é brasileira, coisa nenhuma. E se Galo, Verdão ou Avaí se sagra campeão da Sul-Americana? Como é que fica?

É simples. Tem gente que periga nadar, nadar e morrer na praia. Exterminado, com carinho, pela turma da CBF.

E quer saber? Tomara que seja assim mesmo.

Está na hora dessa gente aprender que grandes lambanças não se resolvem de uma hora para a outra.

Abraço!