[Libertadores] Reconquistando a América!

Torcida do Internacional
O Título é do Internacional! Reconquistar a América era o foco Colorado para 2010, e conseguiram; Com raça, muito suor, amor a camisa, superação e uma diretoria que soube ser eficiente! É Como eu sempre digo, a Copa Libertadores da América sempre nos proporcionou fortes emoções e ainda vai proporcionar por anos.

Libertadores, um misto de malícia, raça, força e superação. Logicamente, as qualidades técnicas e individuais dos jogadores são relevantes, mas a força do conjunto e a tradição na competição são fatores importantes. O peso da camisa em competições internacionais faz sim, muita diferença.

Uma Libertadores pronunciada em portunhol, um título brasileiro com alma sul-americana. O Inter mais estrangeiro de todos os tempos alcançou seu objetivo. A façanha desta quarta-feira com a vitória por 3 a 2 sobre o Chivas respaldou a decisão colorada de apostar em jogadores de fora do país. O elenco vermelho teve cinco gringos: três argentinos e dois uruguaios. Guiñazu, D’Alessandro, Abbondanzieri, Sorondo e Bruno Silva contribuíram decisivamente para tornar o Inter bicampeão da América.

A presença deles não foi por acaso. A diretoria percebeu que ter atletas acostumados às andanças pela América do Sul poderia ser decisivo. Até as quartas de final, o projeto foi encabeçado pelo técnico Jorge Fossati, mais um uruguaio.

O valor da aposta nos estrangeiros teve um momento emblemático quando Pato Abbondanzieri, em Quito, convenceu a arbitragem a cancelar um pênalti absurdo a favor do Deportivo. Enquanto todo o time do Inter ameaçava de morte o árbitro, o goleiro três vezes campeão da Libertadores foi na direção do auxiliar e o convenceu a avisar o juiz que a marcação tinha sido um erro. E conseguiu. O pênalti, mesmo na casa do adversário, foi anulado.

Abbondanzieri não foi titular absoluto do Inter. Primeiro, desbancou Lauro. Depois, foi desbancado por Renan. No fim, teve participação mais discreta do que seus dois conterrâneos. Guiñazu, adorado pela torcida, foi o capitão do time até as semifinais, quando a braçadeira, com a chegada de Celso Roth, passou para o braço de Bolívar. D’Alessandro não chegou a ter atuações excepcionais como na Sul-Americana de 2008, mas manteve sempre uma média alta. Foi fundamental.

Curiosidades:

Taça da Libertadores Quebrada
- Antes da taça ser entregue ao Internacional a taça da Libertadores apareceu quebrada! Ele foi colada logo após o jogo por membros da entidade sulamericana de futebol... Como a Conmebol está super organizada!

- Por falar em taça, que bom ver o Rei Pelé entregando as medalhas da competição e dando os comprimentos aos jogadores colorados! Só deu mais pompa e prestígio ao evento!

- Lamentável a atitude de alguns jogadores do Chivas após o jogo! Armaram o maior "barraco" para tentar estragar a festa colorada! Não conseguiram, só tomaram alguns pontapés...babacas!

Sobre o Jogo:
Um primeiro tempo esquisito. O Inter sempre foi melhor, mas não tanto quanto em Guadalajara. O Chivas sempre esteve pior, mas bem diferente da semana passada.

Foram momentos de euforia e frio na barriga. Cada ataque do Inter tinha o peso das mãos de 50 mil vermelhos sobre os mexicanos. Só que as investidas do Chivas perturbavam. E tome vaia. Quando o duelo ficou equilibrado demais, houve um breve silêncio. O Beira-Rio calado incomodou. Tinga, D’Alessandro e Taison perceberam. Foi um tal de correr para um lado, para o outro, chutar de longe, de perto, driblar. Os três foram os que mais tentaram.

O Chivas também tentou, se assanhou, quis estragar uma festa tão bonita, tão especial, tão vermelha. Aos 42, Bolívar perdeu uma bola no alto para o baixinho Omar Bravo. No meio da área, Marco Fabián acertou um voleio que nem ele sabe como. Não houve silêncio no Gigante. A torcida cantou ainda mais, percebeu que o time acusou o golpe e segurou a onda. Havia um segundo tempo inteirinho. O jogo estava indo para a prorrogação!

Aos 26 minutos do segundo tempo, Kleber, o lateral-esquerdo das assistências decisivas, cruzou para a área, a bola passou por Tinga e procurou Sobis. Rafael Sobis, herói da conquista de 2006, coadjuvante de luxo até o veto de departamento médico para Alecsandro, machucado. O Inter voltava a ser campeão. Tornava-se dono da América pela segunda vez. Um Beira-Rio em êxtase disparou a cantar.

O relógio poderia caminhar mais rápido. O Chivas nem lembrava mais de quanto enrolou para voltar do intervalo. Passou a atacar, parou em Renan. Quando Leandro Damião disparou, disputou corrida contra o zagueiro mexicano, os colorados só esticaram o pescoço, porque ninguém mais estava sentado. O garoto foi, foi, chutou, brilhou. Um delírio só no Gigante. E ainda teve gol de Giuliano, artilheiro do time na competição, talismã, craque em potencial. Delírio de bicampeão, de potência sul-americana, de time que vai jogar um Mundial no final do ano...

Parabéns ao Internacional, provou ser grande! Passou por cima de grandes equipes sulamericanas, venceu Estudiantes e São Paulo. E Como diria o eterno Galvão Bueno :

- Torcedor Colorado pode comemorar, pois a América do Sul é sua! A américa está pintada de vermelho...

Um forte abraço,

Douglas Nacif.