Esperava-se mais da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Não dá para negar.
O fim de semana foi de Gre-Nal, no Beira-Rio, Palmeiras x Corinthians, no Pacaembu, Atlético-MG x Cruzeiro, na acanhada Arena do Jacaré, e Flamengo x Vasco, no Maracanã.
Em Porto Alegre, São Paulo e Rio, ninguém venceu.
Gols, aliás, só no 1 a 1 no dérbi paulista.
Gaúchos e cariocas passaram em branco e demonstraram muito mais vontade que técnica. Em Sete Lagoas-MG, a exceção. A Raposa foi sorrateira. Num único bote, papou o Galo.
Mas não pense que todos as partidas foram de se jogar fora. Pelo contrário. Teve muita gente voltando para casa feliz da vida.
O torcedor do Fluminense está sorrindo à toa. Foi com uma vitória convincente que o Tricolor carioca retomou a liderança do Nacional, no sábado. Com show de Conca e dois gols de Washington, de volta ao clube após um ano e meio, o time de Muricy Ramalho derrotou o Atlético-PR por 3 a 1. Jogo para coração (valente!) bater forte.
O empate do Corinthians, neste domingo, ratificou a primeira posição da equipe das Laranjeiras.
No Pacaembu, o primeiro tempo foi do Corinthians, a segunda etapa, do Palmeiras, e o empate de 1 a 1 acabou sendo justo. Com o resultado, num dérbi cheio de polêmicas, o Timão deixou a liderança escapar e caiu para a segunda posição.
O estreante Adilson Batista e Luiz Felipe Scolari se reencontraram, desta vez como adversários. A relação entre os dois é de irmandade. Mas: são como pai e filho.
Mais novo, Adilson foi capitão e homem de confiança de Felipão no Grêmio, que conquistou quase tudo o que disputou nos anos 90: Campeonato Gaúcho, Copa do Brasil, Brasileirão e Taça Libertadores. O Palmeiras é 11º e ainda não emplacou com o técnico pentacampeão.
O Gre-Nal foi discreto e com um 0 a 0 chocho.
Muito por culpa do goleiro colorado Renan, que fez importantes defesas. Ao empate do Inter em casa, fica o consolo: metade do time foi reserva.
Toda a fome vermelha está no jogo da próxima quinta-feira, no Morumbi, contra o São Paulo, valendo vaga na final da Libertadores da América. Além do mais, o time do Beira-Rio assumiu a terceira posição. O Grêmio poderia ter vencido, mas talvez o mais importante tenha sido evitar a bomba atômica de uma derrota no clássico.
Apesar de seu time continuar na zona de rebaixamento, em 18º, Silas respira e certamente segue empregado.
Mesmo com toda a pressão da torcida adversária, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG por 1 a 0, na Arena do Jacaré. Por motivo de segurança, apenas o torcedor alvinegro pôde marcar presença nas arquibancadas do estádio.
Nada que atrapalhasse a equipe celeste. Wellington Paulista foi o homem-bomba do jogo. Ainda no primeiro tempo, ele marcou um golaço e deu a vitória à equipe azul.
O Galo é o penúltimo, enquanto a Raposa está em sexto, pertinho do G-4.
O Clássico dos Milhões foi cheio. De gente e de erros. Teve também canetas e lindas defesas do goleiro Fernando Prass. Rubro-negros e vascaínos não mereciam um futebol tão ruim. O jogo com a presença de 60.202 torcedores (50.447 pagantes) – maioria cruzmaltina e recorde da competição -, foi marcado pela falta de qualidade dos atacantes.
O São Paulo conseguiu, enfim, vencer pela primeira vez no período pós-Copa.
A vitória sobre o Ceará, por 2 a 1, começou com protesto da torcida num dos portões do Morumbi e terminou aos gritos de “eu acredito”. Significa que eles creem que o time pode superar o Internacional na semifinal da Libertadores, na próxima quinta-feira, também em casa. Era o gás que o grupo de Ricardo Gomes precisava para a missão difícil. O Ceará perdeu terreno e começa a ver o posto entre os quatro primeiros ameaçado.
O domingo foi de confirmação da boa fase e recuperação.
Avaí e Botafogo vivem momentos diferentes, mas vencer na rodada significou muito.
Os catarinenses, impossíveis desde que o técnico Antônio Lopes assumiu, passearam contra o Goiás, na Ressacada: 4 a 1. O time segue sem perder no período pós-Copa e agravou o mau momento vivido pelo time esmeraldino, que entrou em campo desfalcado de Romerito e Rafael Moura, além de não contar com o técnico Leão à beira do campo – os três estão suspensos pelo STJD.
Três minutos eletrizantes que valeram o ingresso. Se o duelo entre Vitória e Botafogo, no Barradão, esteve longe ser um espetáculo de bom futebol – muito disso pelas péssimas condições do gramado -, dos 35 aos 37 minutos do segundo tempo a emoção rolou solta e garantiu a satisfação do torcedor. Pelo menos do alvinegro, que foi prestigiar a reestreia de Maicosuel e viu Jobson se destacar com dois gols no triunfo por 3 a 1. Os três pontos valeram sete posições e colocam o time de Joel Santana em décimo lugar. O Rubro-Negro baiano escalou apenas três titulares.
Justifica-se: na próxima quarta-feira, contra o Santos, faz o segundo jogo da final da Copa do Brasil, em Salvador.
Fonte: Globoesporte.com
Opinião do blogueiro: A 12ª rodada do Brasileirão foi recheada de clássicos regionais. Tirando-se o Cruzeiro que ganhou mais uma do Galo - em 3 anos, o Cruzeiro venceu todas partidas do Atlético-MG, exceto a partida no qual o Cruzeiro colocou sua equipe reserva - , os demais clássicos ficaram no empate.
A tabela continua muito embolada.
A diferença do Avaí 5º colocado que tem 19 pontos para o Atlético-PR que é o 16º colocado com 13 pontos, são apenas 6 pontos, ou seja duas vitórias.
Os 4 primeiros classificados são: Fluminense(26), Corinthians(25), Internacional(20) e Ceará(20);
Os 4 últimos colocados são: Goiás(12), Grêmio(12), Atlético-MG(10) e Atlético-GO(8);
A média de público da rodada foi mais alta, com quase 20 mil pagantes por jogo. Mas era de se esperar, devido ao fator clássico regional. A média de gols foi de 2,4 gols/partida.
Lembrando que o Brasileirão só voltará no sábado, pois no meio da semana os jogos realizados serão da Libertadores e Copa do Brasil. A semana promete muito futebol e emoção!
Um forte abraço,
Douglas Nacif.
[Brasileiro 2010] 12ª Rodada - Os clássicos
Papeado por
Douglas Nacif
no dia 2 de agosto de 2010
[Brasileiro 2010] 12ª Rodada - Os clássicos
2010-08-02T13:49:00-03:00
Douglas Nacif
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