Sob protestos, Vasco perde terceira seguida e demite Gaúcho


Se o ambiente no Vasco já estava ruim antes do jogo, agora se tornou insustentável. Isso porque o time cruzmaltino perdeu por 2 a 0 para o Nova Iguaçu e acumulou sua terceira derrota seguida. Os protestos da torcida foram diversos - contra o técnico Gaúcho, a equipe "sem vergonha" e até apoiando o ex-jogador Edmundo e o ex-presidente Eurico Miranda.

Após a partida, Gaúcho não resistiu a pressão e acabou demitido do cargo. A decisão foi anunciada à imprensa pelo diretor-executivo do clube, René Simões, que prometeu pensar "a partir de amanhã" no nome de um substituto.

Sem qualquer ponto na Taça Rio até agora, o Vasco buscará recuperação contra o Olaria, pela terceira rodada. Já o Nova Iguaçu duelará com o Quissamã no final de semana.

O Vasco precisava de uma vitória para conseguir se recuperar na Taça Rio, por isso partiu para o ataque e fez a partida ficar movimentada desde o início. Já aos 11min, por exemplo, Eder Luis quase fez um gol de cobertura. Mas a resposta veio na sequência, com cabeceio de Maicon, que deu trabalho para Alessandro.

Com o jogo equilibrado, logo vieram as vaias contra o técnico Gaúcho. Aparentemente isso atrapalhou o time, que também começou a dar mais espaço para o Nova Iguaçu. O resultado disso foi o gol surpreendente antes do intervalo: aos 42min, Thiago avançou pela esquerda, tocou para Maicon, que arrumou a a bola para Leo Salino marcar para o Nova Iguaçu.

O Vasco voltou para o segundo tempo com duas novidades: o meia Bernardo e o lateral Eltinho. E o time poderia ter conseguido o empate logo no começo, quando um lance polêmico aconteceu. De mãos levantadas, Silvio bloqueou um cabeceio de André Ribeiro, o que causou muitas reclamações dos vascaínos, mas o juiz não marcou o pênalti.

O lance deixou os jogadores do Vasco ainda mais nervosos e por isso o time teve dificuldades para fazer qualquer pressão no Nova Iguaçu. Gaúcho, em um último esforço, ainda tentou colocar Marlone no lugar de Pedro Ken, mas isso não melhorou o setor de criação vascaíno. Pior: aos 41min, Leo Salino arriscou de longe e acertou o gol, fazendo seu segundo no jogo e aumentado os protestos no estádio. Houve até irônicos gritos de "olé" por parte dos próprios vascaínos no final.