Botafogo faz 3, carimba faixa e mantém Corinthians na zona da degola


O Botafogo estragou a noite de festa do Corinthians no Pacaembu. O clube paulista foi recebido aos gritos de "é campeão" pela torcida, distribuiu faixas aos jogadores pelo título inédito da Libertadores, mas quando a bola rolou foi dominado, e perdeu o confronto adiado da sétima rodada do Campeonato Brasileiro, na noite desta quarta-feira, por 3 a 1. Paulo André, contra, e Elkeson, duas vezes, marcaram para o atrevido visitante.

O resultado reflete o momento dos times na competição nacional. O Botafogo acumula a segunda vitória seguida, chega aos 15 pontos, e assume a quarta colocação. O Corinthians, campeão invicto da Libertadores, perde o quinto jogo no Brasileiro, e segue na zona de rebaixamento, na penúltima posição (19ª), com 5 pontos.

O Corinthians volta a jogar no Pacaembu sábado, às 18h30, diante do Náutico, pela 9ª rodada do Brasileiro. Já o Botafogo encara o Fluminense, no Engenhão, domingo, às 16h (horários de Brasília).

Sem os atacante titulares da Libertadores, Jorge Henrique e Emerson, poupados, o Corinthians foi inoperante ofensivamente. Alex em noite ruim errou diversos passes, tornando Romarinho e Elton presas fáceis para os zagueiros adversários.

O Botafogo dominou o primeiro tempo, mas viu o gol sair em um lance de sorte. Paulo André, aos 27min, marcou contra ao cabecear a bola em cruzamento de Andrezinho, o melhor jogador botafoguense na partida.

O panorama do jogo no segundo tempo foi inalterado. O Botafogo seguiu avassalador e o meia improvisado no ataque, Elkeson, marcou duas vezes, aos 11 e aos 23min. Sem protestar, a torcida corintiana foi recompensada com o gol de pênalti de Chicão, aos 44min em cobrança de pênalti, que fez os gritos de "é campeão" voltarem ao Pacaembu.

Oswaldo exalta vitória do Botafogo sobre campeão da Libertadores

A vitória em cima do atual campeão da Copa Libertadores deixou o moral no Botafogo mais elevado do que nunca. Com uma atuação contudente, o time carioca derrotou o Corinthians por 3 a 1, nesta quarta-feira, e "carimbou" a faixa de campeão da equipe do Parque São Jorge. E o técnico Oswaldo de Oliveira mostrou entender a importância do feito.

Para o treinador botafoguense, o resultado tem tudo para ajudar a equipe psicologicamente, até pensando a longo prazo. O treinador também destacou o fato do Botafogo ter chegado à sua terceira vitória em quatro jogos fora de casa neste Brasileiro, e a segunda seguida na competição.

"É muito importante para nós, algo representativo pela grandeza do adversário. Foi uma vitória fora de casa, a segunda consecutiva. Para nós, é muito bom. Os jogadores receberam isso com muito ânimo e, se Deus quiser, isso vai dar confiança para a sequência da temporada".

Apesar de ter conseguido o resultado sobre o Corinthians por um placar até mais dilatado do que se imaginava (o Corinthians fez seu gol de honra apenas no último minuto, após pênalti), Oswaldo disse que a vitória não pode ser considerada apenas uma surpresa. Mesmo lembrando que o rival pode ter entrado em campo desgastado pela sequência de jogos, o técnico voltou a valorizar a conquista do time carioca.

"Não posso falar em surpresa. Pelo contrário, ao invés de considerar surpreendente, isso valoriza demais nossa vitória. Eles sentiram o desgaste das finais, do empenho que jogaram, é natural que após de um grande título aconteça isso. Mas são fortes e vão reagir durante o campeonato", afirmou.

Campeão mundial de clubes com o Corinthians, em 2000, Oswaldo traçou um paralelo entre o momento que viveu como treinador no clube paulista e o atual contexto, quando a equipe finalmente chegou a seu tão sonhado título da Libertadores. O treinador, que nunca escondeu seu carinho pelo time paulista, disse que hoje a competição sul-americana pode ser mais relevante, mas afirmou que vê ambos os títulos com a mesma importância.
"A torcida é maravilhosa. Passei momentos inesquecíveis aqui. A vida foi outra depois daqui, jamais aqueles momentos serão apagados da memória. Tenho certeza de que sempre vão lembrar de nós por 1999 e 2000. Hoje, a Libertadores é mais importante, pelo imediatismo. Mas, naquele momento, o Mundial foi muito bom. São monumentos inigualáveis que o clube conseguiu", completou o treinador.