Espanha sofre, mas vence Portugal nos pênaltis e vai à decisão da Euro


A Espanha não teve facilidade nesta quarta-feira, mas levou a melhor sobre Portugal nos pênaltis e se credenciou para disputar o bicampeonato da Eurocopa. Em um duelo bastante equilibrado, os vizinhos de Península Ibérica empataram por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, mas os espanhóis atuais campeões continentais e mundiais se sobressaíram na disputa de penalidades, com um triunfo por 4 a 2, e garantiram a primeira vaga na final.

O resultado desta quarta-feira confirma o status de favorita da Espanha, que agora terá a oportunidade de lutar pelo segundo título consecutivo na Eurocopa. A equipe campeã de 2008, contudo, encontrou dificuldades diante de uma bem postada defesa portuguesa e só mostrou força na prorrogação. Ainda assim, apenas nos pênaltis a vaga foi sacramentada.



Os espanhóis viram Xabi Alonso perder a primeira cobrança, mas depois contaram com gols de Andrés Iniesta, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Cesc Fábregas. Já os portugueses também abriram a disputa de penalidades com um erro de João Moutinho. Depois, Pepe e Nani marcaram, enquanto Bruno Alves (que bateria o terceiro pênalti e foi substituído em cima da hora por Nani) chutou no travessão.

A final da Eurocopa está marcada para o próximo domingo, às 15h45 (de Brasília), no Estádio Olímpico de Kiev, também na Ucrânia. A Espanha disputará o título continental com o vencedor da outra semifinal, que será realizada nesta quinta, também às 15h45, entre Alemanha e Itália, na polonesa Varsóvia.

Portugal segura Espanha, mas cai nos pênaltis


Portugal não deixou que os adversários tivessem amplo domínio da posse de bola durante o primeiro tempo. Assim, apesar de as oportunidades mais chamativas de gol terem sido criadas pelos espanhóis, a etapa terminou equilibrada e com os lusitanos, inclusive, tendo mais chutes a gol (4 a 3).

Mas as bolas que mais assustaram a defesa em Donetsk foram chutadas pela Espanha: a primeira, aos 9min, com o lateral Álvaro Arbeola arriscando de fora da área e tirando tinta do travessão de Rui Patrício. Depois, aos 27min, Andrés Iniesta bateu colocado e a bola também levou perigo ao goleiro português.

A partida ficou mais pegada nos 45 minutos finais, e prova disso foi o alto número de cartões: se na primeira etapa apenas Fábio Coentrão havia sido advertido (por ter feito um gesto obsceno em direção ao banco espanhol), na segunda foram distribuídos sete amarelos.

Portugal, contudo, mostrava mais consistência dentro de campo: dificultava a criação dos adversários e ainda conseguia oferecer certo perigo ao goleiro Casillas, especialmente em faltas cobradas por Cristiano Ronaldo. A seleção lusitana, aliás, teve a melhor oportunidade da partida aos 44min, quando desceu em um contragolpe perigoso; Cristiano Ronaldo, porém, chutou muito mal de esquerda e mandou para longe a última oportunidade de gol no tempo regulamentar.

A Espanha só conseguiu aparecer com mais contundência na prorrogação, quando mostrou mais preparo físico e criou duas chances muito claras de gol, mas acabou esbarrando no goleiro Rui Patrício. Primeiro foi Iniesta, que apareceu na área aos 13min para finalizar cruzamento de Alba e forçando o camisa 1 português a fazer grande interceptação. Já aos 6min da etapa final Jesús Navas invadiu a área e bateu cruzado, mas o arqueiro lusitano conseguiu defender e manter o placar zerado.

Os espanhóis seguiram mais perigosos ao longo do tempo extra, mas não conseguiram impedir que a decisão do primeiro finalista da Euro saísse no desempate por pênaltis. Xabi Alonso e João Moutinho perderam suas cobranças na rodada inicial, mas os lusos voltaram a desperdiçar um chute com o zagueiro Bruno Alves, no fechamento da quarta rodada.

Cristiano Ronaldo, que nem teve tempo de cobrar seu pênalti (certamente fecharia a série), ficou desolado enquanto os espanhóis comemoravam. "Injustiça, injustiça", balbuciava o camisa 7, enquanto era focalizado pelas câmeras de televisão e se olhava no telão do estádio em Donetsk.