Há muito tempo existe uma super valorização nas contratações dos atletas que estavam jogando no futebol do exterior. Os atletas começam a sua carreira profissional aqui no Brasil, e são transferidos para atuar no velho continente.
Muitos saem muito cedo, e poucos têm a cabeça no lugar para absorver todo o glamour do futebol internacional.Alguns atletas conseguem ter sucesso nos seus clubes, e outros atletas não conseguem apresentar o mesmo futebol que apresentavam no Brasil.
São vários os motivos que levam um atleta para o sucesso e para insucesso. O atleta geralmente é agenciado por um empresário que tem muito interesse em concluir o mais rápido possível a sua transferência para o futebol do exterior.
Esses empresários fazem o papel deles, trabalham para negociar os atletas que eles agenciam.
Os empresários e os grupos de investidores têm grande parte dos direitos econômicos e federativos dos atletas. Eles têm uma porcentagem maior do que os clubes, com raras exceções.
Eles usam os clubes para colocar os seus jogadores na vitrine, e na hora de negociar os direitos econômicos e federativos dos atletas eles não pensam duas vezes.
Muitas vezes os atletas são transferidos para clubes de pequena expressão, em países que têm pouca tradição no futebol. Para os atletas, a independência financeira é muito importante. É a oportunidade de realizar os sonhos de consumo, e a oportunidade de garantir seu futuro.
O grande problema é quando esses atletas não conseguem se adaptar ao futebol praticado nesses países, e não conseguem se adaptar as cidades em que estão vivendo. Os dirigentes dos clubes brasileiros ficam loucos quando ficam sabendo que um determinado atleta está disponível no mercado.
Esses dirigentes começam a fazer propostas mirabolantes para esses atletas. Começam prometer o que não têm. Aproximadamente 90 % dos atletas que são repatriados estão sem mercado nos grandes clubes do futebol internacional.
Os motivos são muitos, entre eles podemos destacar. A idade de alguns atletas, as condições físicas, lesões, nível técnico muito baixo, indisciplina e a falta de adaptação com a cidade que está morando.
O futebol brasileiro é uma mãe para determinados atletas. Os clubes pagam um salário muito acima do mercado brasileiro, inflacionando o mercado, e deixando os outros jogadores do elenco insatisfeitos.
Por trás desses contratos, que geralmente não são divulgados com detalhes para os torcedores, estão os grandes grupos de investidores e os empresários do mundo da bola. Quando o contrato é feito através desses grupos, os torcedores ficam sem saber como foram feitos os detalhes da negociação.
Alguns atletas que são destaques na base dos clubes, são envolvidos em determinadas negociações.
É muito simples de entender.
Os clubes contratam um atleta que tem algum problema, e em troca negociam atletas da sua base. Quando esse atleta que chega com status de craque dá certo, ótimo. Mas quando não dá certo, o clube fica com um prejuízo enorme.
Na maioria das vezes, os grupos de investidores ficam com os direitos econômicos e federativos dos atletas que estão se destacando nas categorias de base. Grande parte dos grandes clubes do futebol brasileiro são reféns desses grupos de empresários ou grupos de investidores.
São dois problemas para os clubes.
O primeiro é que na maioria das vezes o atleta se destaca na base, e os empresários ou grupos de investidores negociam o atleta. O clube forma o atleta e não aproveita o atleta no time principal, disputando e ajudando a equipe a conquistar vitórias importantes.
O segundo problema é a geração de receita. Os clubes deixam de gerar receita com algumas negociações, os atletas são negociados pelos grupos de investidores, que ficam com a maior parte dos valores negociados, e os clubes com a menor parte.
É o momento certo para o torcedor analisar o elenco do seu clube. Analisar se o atleta que tem o status de craque, merece o investimento feito pelo clube.
