Não é o Barça, mas não é o Íbis.

No Campeonato Inglês, o Chelsea marcou um total de 65 gols. Média aparentemente modesta de 1,71 por partida. Digo aparentemente porque em exatos 11 jogos os Blues anotaram pelo menos 3 gols. Houve também 3 surras acachapantes: 6 a 1 no QPR, 5 a 1 no Bolton e 4 a 1 no Swansea.

Na Copa da Inglaterra, que também faturou, o time de Roberto Di Matteo foi a campo em 7 oportunidades. Nela, empurrou a bola 20 vezes para o fundo das redes adversárias. Calculadora em ação, agora são "razoáveis" 2,85 de média. Na final, vale lembrar, a vítima foi o bom Tottenham de Bale e companhia, que caiu de 4 diante de Drogba e seus companheiros senadores.

Na Liga dos Campeões, o sonho realizado no último sábado, foram 13 pelejas, 29 gols, com 2,23 de média. 6 deles no frágil Genk, 5 no perigoso Nápoli.

O Chelsea não tinha time para jogar de igual para igual com o Barcelona. Mas o Chelsea tinha no gramado um baita time, com gente do naipe de Terry, Mata, Lampard, Ramires, Drogba e Peter Cech.

Que, juntos, poderiam ter equilibrado um pouco mais as forças contra o Bayern, no papel, um onze pouquinha coisa melhor, mas que lembrada a sova lhe imposta pelo Dortmund, dias antes da decisão continental, me fazia crer que os ingleses não precisavam se retrair tanto como fizeram.

Cautela exagerada que reviveu a velha discussão "futebol-arte X futebol de resultado", porque adoramos estabelecer padrões diametralmente opostos para estabelecer comparações.

Não, o Chelsea, de fato, não é o Barcelona. No entanto, convenhamos, está distante de ser Íbis.

Para informação, o melhor ataque do Brasileirão passado foi o do Flu com meros 60 gols marcados.

Abraço!