Um minuto de silêncio.

Queria não precisar utilizar esse início de texto outra vez.

Não tão rápido, ao menos.

Porque não há como fugir das desgraças da vida, nem é possível fingir estar sempre bem.

Há horas, fica difícil ver a leveza das coisas com humor.

Ah, o que seriam esses momentos sem a Legião Urbana a tocar no rádio do carro?

Mas ia dizer que o ceu está plúmbeo.

Outro dia em que o ceu amanheceu cinzento, embora o sol se apresente feito um maçarico em Guaratinguetá.

Devo esclarecer, não é à tonalidade do firmamento que me refiro.

Na verdade, é à da alma. Faz dias, chocada e entristecida.

O flamenguista com pinta de boa praça na foto é Roney Fernandes de Souza, 53 anos.

Meu tio Roney, meu padrinho Roney, irmão de meu pai, falecido na noite da última quarta-feira, vítima de uma parada respiratória.

Por ele peço muitas orações, um minuto de silêncio e a compreensão do amigo leitor pelo sumiço.

Abraço.