Por aqui já disse várias vezes, pela idade do escriba, 32 anos, quem nunca apareceu no pedaço pode imaginar, cresci tricolor em épocas de vacas mais magras que aquelas que aparecem em desenhos animados sobre o Velho Oeste. Inclusive, no sábado, tomava uma cerva no boteco de sempre quando um outro BEBERRÃO pó-de-arroz de final de semana lembrava de uma "saudosa" zaga formada por Lira, Márcio Baby, Márcio Costa e o FOLCLÓRICO Carlinhos Itaberá, através da qual você pode ter a exata noção do DRAMA que foi torcer pelo querido pavilhão em boa parte dos anos 90.
Desespero FIELMENTE compartilhado pelos milhões de corações tricolores espalhados pelo país que, assim feito eu, apesar dos pesares e dos GOLS PERDIDOS, lembram com carinho de Roniéliton Pereira Santos, que conosco firme esteve no périplo pelas DIVISÕES INFERIORES do futebol brasileiro e também no início da RENASCENÇA à elite, em 1999, - tá, eu sei, ficamos devendo a passagem pela segundona - época na qual conseguiu a proeza de ser convocado para a Seleção Brasileira.
Depois de uma passagem rápida pelo calor escaldante e pelos PETRODÓLARES da Arábia Saudita, Roni voltou às Laranjeiras em 2001, aí, sim, para campanhas mais EDIFICANTES, nas eliminações nas semi-finais do Campeonato Brasileiro por dois anos seguidos, para Atlético Paranaense e Corinthians, respectivamente.
Retorno que houve, outra vez, OITO longos anos depois, ao regressar ao clube que fascina pela sua disciplina como ESPERANÇA na luta desenfreada contra o rebaixamento. Guerra vencida apenas quando o próprio protagonista e outros MEDALHÕES foram BARRADOS pelo HEROICO Alexis Stival, vulgo CUCA. Momento decadente, porém, que não impediu alguns lampejos que remeteram aos bons e velhos tempos, o melhor deles, #fataço, na IMPIEDOSA goleada por 5 a 1 sobre o Sport Recife, o glorioso Leão da Ilha do Retiro.
Feito escrevi na ocasião da despedida de RONALDO, o Fenômeno dos gramados, não julgo a decisão de RONIÉLITON. Simplesmente, porque foi uma DECISÃO. Coisa pessoal, que não se discute. Que ele então, como é de seu desejo, tenha mais tempo para as filhas, Eduarda e Victória. E que receba os agradecimentos pelos bons serviços prestados à farda verde, branca e grená.
Pois se esta noite vibraremos com Deco e Thiago Neves na LIBERTADORES é porque, em um passado não tão tão distante, Roni e outros agora esquecidos guerreiros cumpriram bem o seu ABC na trágica queda à série C.
Obrigado, cara!
Abraço pra vocês!
