Especial Ricardo Teixeira - Surgiram alinças pós-renúncia de Ricardo Teixeira?

É hora de comemorar a saída.

Mais importante, é momento de encontrar as saídas.

Uma delas, a união dos clubes em busca da sonhada reforma administrativa por que necessita passar o futebol brasileiro, conforme sugere com propriedade o presidente santista, Luís Álvaro de Oliveira.
“Faltava um fato político concreto como esse, a renúncia do presidente da CBF que tinha como característica fundamental focar na seleção. Agora os clubes tem uma oportunidade de voltar a conversar. É recorrente a insatisfação dos clubes com a entidade máxima do futebol brasileiro, sempre muito focada na seleção e nos resultados econômicos dos amistosos”, disse o elogiado mandatário do atual campeão da Libertadores.
E peço ao amigo o favor de ignorar certos questionamentos advindos da declaração.

Sim, com um pouco mais de vontade, coragem e muito menos subserviência a Ricardo Teixeira, as agremiações já poderiam ter iniciado a tal revolução.

Mas, embora há bastante tempo prejudicadas por convocações às vésperas de jogos decisivos e pelo estúpido calendário, elas preferiram servir aos interesses do antigo chefão.

No entanto, deixa para lá.

Finja haver a chance do nosso esporte número 1 começar do zero.

E que, lembrando as palavras de Laor, basta "apenas" um "papo" entre os clubes para a nova era prometer ser bem melhor que os 23 últimos anos.

Válida simplicidade de raciocínio que logo se perde na inevitável indagação: será que nessa eventual troca de ideias as partes interessadas conseguiriam falar o mesmo idioma?

É fato, a uniformidade de pensamentos, a ética nas relações, às vezes até a básica educação não foram características marcantes no trato entre as instituições futebolísticas do país na história recente.

Os direitos de TV negociados em separado, as várias contratações de jogadores atravessadas e as declarações estapafúrdias, recheadas de provocações, dos que confundiram o papel de diretor com o de torcedor comprovam a tese de que na terra pentacampeã vale a política do cada um por si.

Que, diga-se de passagem, acabou se alastrando dos escritórios dos cartolas para as nossas arquibancadas e redes sociais.

Assim, como imaginar que, feito em um passe de mágica, os Peters, as Patrícias, os Arnaldos, os Andrés, os Juvenais e os Robertos deixarão de lado as diferenças em prol do renascimento da paixão nacional?

Dificil, não?

Que não seja impossível...

Abraço!