O clima era de festa, com direito a trancinha e trenzinho da Presidente Patrícia Amorim.
Love proferia declarações de amor ao clube, e emocionava a todos:
A imagem era falsa.
“Prometi que não ia chorar, mas não consegui. Queria agradecer as pessoas que lutaram para que isso acontecesse. Passei pelo nascimentos dos meus filhos, mas hoje é um dia especial. Para vestir esta camisa, tem de ter vontade e isso eu tenho. Eu amo esse clube. Se puder eu morro aqui dentro. Se depender de mim, ganharemos todos os títulos possíveis. Quero entrar para a história e tenho certeza que vou entrar. Agora é só Love e Love é do Mengão”.
“Não tem torcida, não tem calor humano maior que a torcida do Flamengo. Sentia falta disso tudo aqui. Esta torcida não se compara a nenhuma outra”.O Flamengo vivia um péssimo momento, com problemas sobrepostos. E a pepinada vinha desde meados de 2010, quando Zico deixou o Flamengo sob suspeita de contratar de forma interessada com o CFZ. Justo ele!
Em seguida, para apagar o incêndio, o Flamengo contratou Luxemburgo, e lhe entregou todos os poderes do departamento de futebol.
Olha que o pacote Luxemburgo é conhecido: um cara que manja muito de futebol, na mesma proporção com que se envolve em causos polêmicos. Tem relações obscuras e faz contratações viciadas, muitas ligadas a times com que tem vínculos.
Mesmo sabendo do que compunha o pacote, confiaram cegamente no treinador e fizeram um contrato longo, garantido por uma multa astronômica. Muito arriscado...
Para botar lenha na parada, em 2011 chegou Ronaldinho Gaúcho, que não é flor que se cheire.
No estadual, título invicto, seguido de vaga no G-5 do Brasileiro.
Mas nem os resultados favoráveis segurou a mistura explosiva rubro-negra.
Logo Ronaldinho incorreu em indisciplina. Luxa, por seu lado, se desgastou com tudo e todos: do gerente ao zagueiro.
No meio do caminho, surge dilema ‘o que fazer com Ronaldinho (e seu salário). Em atrito com a Traffic, o Flamengo se afasta da parceira e resolve bancar sozinha os vencimentos do jogador. Bem pesado...
Como se não bastasse, os salários começam a não cair na conta, o que deu início a uma pequena revolução. Alex Silva reclama publicamente, e força a barra para sair. Deivid aciona o clube na Justiça ao mesmo tempo em que veste a ‘9’ e vai para o jogo.
A situação caminhava mal, e Patrícia Amorim decidiu por demitir Luxemburgo. Junto com o técnico, vão preparador físico (Antonio Mello), auxiliar (Lopes Júnior), gerente (Isaías Tinoco) e diretor (Luiz Augusto Veloso).
Quanto aos milhões da multa de Luxa, problema da próxima administração.
Depois de Luxa, qual a solução dada? Joel Santana, com seu jeito paizão.
Só pode ser brincadeira.
Ao menos que o Flamengo esteja atrás de um bom tradutor...