Retrospectiva da Seleção : as vitórias, derrotas e as decepções

Retrospectiva da Seleção EM 2011 : as vitórias, as derrotas e as decepções
A eliminação precoce na Copa América foi o momento mais doloroso de 2011.

A seleção brasileira não começou 2011 da forma que desejava. Logo no primeiro amistoso, contra a França, derrota, por 1x0. Perder, nunca é bom, mas com um time totalmente reformulado e jogando no país adversário, as chances de derrota eram bem maiores.

A primeira vitória do ano veio no segundo amistoso, contra a Escócia. Neymar marcou duas vezes e a seleção conquistou um importante triunfo em Londres, já que a partida seguinte era contra a Holanda, algoz na Copa de 2010, e os brasileiros queriam se vingar, porém, não conseguiram, e o placar em Goiânia não saiu do zero.

Ronaldo despede da seleção brasileiraContra a Romênia, uma das principais partidas do ano. Não por causa do adversário, mas porque, além de ser a última partida antes da Copa América, era a despedida de Ronaldo do futebol. A torcida brasileira lotou o Pacaembu e viu um simples 1x0. Fred, que jogou somente meia-hora para dar lugar ao Fenômeno - este que ficou em campo por quinze minutos e ainda perdeu alguns gols -, foi o autor do único tento do confronto.

Na Copa América, a seleção estreou com empate sem gols contra a Venezuela. Na segunda partida, contra o Paraguai, começou ganhando, levou a virada, mas Fred, nos minutos finais, igualou o marcador novamente. No último jogo da primeira fase, o time de Mano Menezes precisava vencer o Equador para se classificar. Como contra o Paraguai, abriu o placar e sofreu a virada, mas ainda assim conseguiu o resultado positivo e a vaga nas quartas-de-final com a vitória por 4x2.

Nas quartas, o adversário era o Paraguai novamente. Nos 90 minutos iniciais, somente o Brasil atacou. Teve várias chances de vencer o jogo ainda no tempo regulamentar, porém, os paraguaios seguraram o 0x0 que levou o jogo à prorrogação. O empate sem gols persistiu, e nos pênaltis, vexame brasileiro. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred erraram todas as cobranças, e a seleção foi precocemente eliminada da Copa América.

Seleção brasileira eliminada nos pênaltis frente ao Paraguai. (Confira o texto)

O primeiro amistoso após a eliminação na Copa América foi contra a Alemanha, em Stuttgart. Apesar dos gols de Robinho e Neymar, a seleção brasileira foi derrotada novamente, desta vez por 3x2. Contra Gana, a vitória voltou. Placar magro, como de costume, mas com sabor especial pelo primeiro gol de Leandro Damião com a amarelinha. Contra a Costa Rica, nova vitória ao mesmo estilo. Neymar salvou o que seria um certo 0x0.

Contra o México, uma emocionante partida. Em Torreón, a seleção começou perdendo com um gol contra de David Luiz, logo aos nove minutos de jogo. Daniel Alves foi expulso e os donos da casa tiveram oportunidades de ampliar o placar. E como diz o ditado "quem não faz, toma", Ronaldinho, a pouco mais de dez minutos para o fim do jogo, quebrou o jejum de gols pela seleção e empatou com um golaço de falta. E Marcelo, que retornava após polêmica com Mano Menezes, virou o jogo pouco depois. Uma vitória que reacendia a esperança de dias melhores.

Pouco antes, a seleção fez o Superclássico das Américas contra a Argentina. Foram dois jogos, um em cada país, somente com jogadores que não atuavam no exterior. Na primeira partida, em Córdoba, 0x0. No jogo de volta, no Mangueirão, em Belém, a torcida fez uma linda festa. Emocionou a todos ao cantar o hino brasileiro (veja o vídeo no fim do texto), e foi recompensada com a vitória por 2x0 e o título do Superclássico contra o maior rival.

Os dois últimos amistosos do ano foram contra seleção fraquissímas. Contra o Gabão, um verdadeiro jogo de marketing. Num estádio inacabado e com um gramado péssimo que colocou em risco a integridade física dos atletas, vitória por 2x0, placar que se repetiu contra o Egito. Jonas foi o autor dos gols da última partida da seleção em 2011.

O saldo final foi negativo. A seleção não venceu grandes jogos, teve um primeiro semestre muito ruim e foi um vexame na Copa América. Estamos na esperança de dias melhores. Pelo menos não temos do que reclamar quanto às seleções de base.


Parabéns, Belém! Foi simplesmente emocionante!

Este texto foi enviado pelo blogueiro Kaique Pedaes, do blog Brit Foot, para a Coluna do Leitor.

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