A cerimônia de tomada de posse de Rebelo está prevista para horas da tarde no Palácio de Planalto, sede do governo brasileiro.
"Aceitei o convite e o processo de transição ainda está por começar", afirmou Rebelo à imprensa na quinta-feira passada depois de um encontro com Rousseff, no qual a mandatária o convidou a ocupar o cargo de Silva, também militante do PCdoB.
O deputado comunista assinalou que a mandatária brasileira lhe pediu se comprometer e conduzir o Ministério ante os desafios que representam as realizações no país da Copa do Mundo de futebol, em 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016.
Rebelo agradeceu a confiança da presidenta e agregou que aceitou o desafio proposto e tentará desempenhar essa tarefa da melhor forma possível. O deputado do PCdoB foi ministro de Relações Institucionais de 2004 a 2005, no governo do ex presidente Luiz Inácio Lula dá Silva (2003-2010).
Dessa forma, Rebelo substitui a Silva, quem na quarta-feira passada apresentou sua renúncia a Rousseff, e em declarações posteriores à imprensa assinalou que na reunião "examinamos essa crise criada nos últimos dias, os ataques que sofri".
Reafirmei à presidenta que não há, não teve e não terá prova que possa comprometer minha honra, assinalou o agora exministro, e agregou que pediu sair para "defender minha honra, o trabalho no Ministério de Desporto e defender meu partido". Saio com o sentimento do dever cumprido, destacou.
Silva foi vítima de constantes ataques da grande imprensa brasileira, baseada em acusações do polícia militar Joao Dias sobre a suposta participação do ministro em um suposto desvio de dinheiro da carteira de Desporto.
No entanto, na segunda-feira passada, ante a Polícia Federal, Dias reconheceu que não tem prova alguma que incrimine ao agora exministro nesses fatos.
Dias foi apresado em 2010 na Operação Shaolín, da Polícia Civil, para investigar supostas fraudes no programa Segundo Tempo, uma iniciativa federal destinada a promover a prática esportiva entre menores e adolescentes brasileiros de poucos recursos.
Silva sustenta que as acusações de Dias partem precisamente de que foi ele que pediu a investigação que conduziu à detenção do polícia militar, ao que ademais o Ministério de Desporto exige a devolução de uns três milhões de reais, cerca de um milhão 800 mil dólares, defraudados do plano Segundo Tempo.
Fonte : Prensa Latina
Charge : Mário Alberto - Lancenet
