Outrora meu amigo e colunista do blog Roberto Júnior fez uma importante observação sobre o São Paulo. RJ em um texto entitulado "Quando ser diferente atrapalhou o São Paulo", indagou e com toda razão, que talvez o tricolor paulista não seja diferente coisa alguma. Ainda pode mencionar que de qualquer forma, o tricolor do Morumbi pode se orgulhar de pelo menos ter tentado gerir futebol de outro jeito. Pois no Brasil, onde 90% dos clubes são uma verdadeira bagunça, o ato de tentar já é digno de elogios.
Certamente cabeças vão rolar nos próximos dias no São Paulo. A eliminação no campeonato paulista, aliada a inesperada eliminação para o Avaí na Copa do Brasil culminaram em uma bomba-relógio que está próximo a explodir. Bomba que se armou após discursos pós-jogo de Rivaldo e Carpegiani.
Como disse Rica Perrone em um de seus textos :
"O Rivaldo teve uma atitude inteligente. Usou a eliminação e a fragilidade do time e do técnico naquele momento pra sair de herói e vítima ao mesmo tempo. Porém, quando aplaudido numa vitória em casa ha algumas semanas, ele não foi falar na imprensa que era humilhado.
Oportunista. Não era hora. Seu depoimento não fez bem a ninguém! Apenas piorou o ambiente no clube, causou saia justa com quem estava em campo e praticamente derrubou o técnico."
Praticamente derrubou, mas não derrubou. Juvenal foi obrigado a recuar e mudar sua opinião. Visto a multa recisória exorbitante de 1 milhão de reais, ou seja, pelo menos por enquanto, Paulo César Carpegiani vai continuar como técnico do São Paulo.
A diretoria, que havia bancado a sua saída no fim de semana, após a eliminação na Copa do Brasil, correu atrás de Cuca, campeão mineiro com o Cruzeiro, e de Dorival Júnior, vice-campeão com o Atlético-MG. Ambos não aceitaram. O comandante do Galo ainda tinha uma multa rescisória de R$ 2 milhões. Sem alternativas de consenso entre os dirigentes, e com tal multa de R$ 1 milhão para dispensar o atual técnico e com medo de errar novamente na escolha, o presidente Juvenal Juvêncio recuou e, mesmo tendo feito duras críticas no desembarque da delegação na última sexta-feira, resolveu mantê-lo.
- Os bons estão empregados. É assim mesmo. Mas é claro que existe a chance de o São Paulo ir atrás de um técnico empregado. Esta é a lei do futebol, e eu não sou diferente. Sem agir com pressa, esta diretoria sempre teve atitude e agora terá outra vez. Acho muito difícil o Rivaldo e o Carpegiani continuarem juntos no São Paulo. Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública entre o técnico e o atleta, o que deixa a convivência dos dois mais complicada. A direção vai resolver isso, como sempre fez - disse Juvenal na ocasião.
Agir como sempre fez?
Não ser cínico?
Acha díficil o Carpegiani e Rivaldo juntos no São Paulo?
Juvenal, Juvenal, reeleição faz mal a cabeça é? Fala demais, resolve de menos. Volto ao ponto inicial do texto. O São Paulo não tem nada de diferente. Mete os pés pelas mãos como qualquer clube brasileiro na atualidade. É Descer do pedestal e re-avaliar as condições do futebol.
Sem planejamento não tem título.
Sobre os 50 vândalos transvestidos de torcedores que foram ao CT da Barra Funda para protestar pelo mau momento na temporada do São Paulo, minha opinião é rápida e objetiva : Vocês não tem serviço não cambada?
A palavra Centro de Treinamento já diz tudo, é para treinamento dos atletas. Um local de trabalho! Então não me venha com essa de jogar ovos e pipoca. Quando a polícia começar a prender este tipo de cidadão, ai sim acaba essas "desorganizadas". Alias, chutaram o carro do jogador Jean. Que diga-se de passagem é um ótimo volante.
Mas aqui no Brasil, o circo do futebol continua...
E vai continuar!
Agora complicou Juvenal!
