[Mini-Saia F.C] Com a palavra,o técnico!


Ronaldo, o fim de uma Era
Apesar de ter sido um crítico severo de Ronaldo nestas duas últimas temporadas, devido ao descaso com a balança e por ter se tornado muito mais um garoto propaganda do que um jogador de futebol, não há como desprezar os feitos dele ao longo destes quase 20 anos de carreira.

Seria um absoluto hipócrita, caso dissesse que não vibrei com a Copa do Mundo de 2002, na Coréia do Sul e no Japão, em que a Seleção Brasileira realizou a melhor campanha pós-Era Pelé e teve, justamente, Ronaldo e Rivaldo - hoje no São Paulo - como protagonistas.

Desde o início, quando estreou pelo Cruzeiro aos 17 anos de idade e foi imediatamente convocado por Carlos Alberto Parreira para a Copa de 1994, nos Estados Unidos, Ronaldo já exibia lampeijos de genialidade, o que o fazia alguém diferenciado num celeiro de craques que é o Brasil, mas que não tem a habilidade de segurar os grandes jogadores por aqui, devido à incompetência e intere$$e$ à parte da cartolagem.

E Ronaldo foi pra Holanda, Espanha, Itália... para só depois, já no final de carreira, vir ao Corinthians. Com um patrimônio que ultrapassa o meio milhão de dólares e um contrato vitalício com a Nike, ele definitivamente não terá com o que se preocupar, agora, que pendurou as chuteiras.

O caminho mais provável é o de atuar como embaixador, membro da comissão organizadora da Copa do Mundo de 2014 e receber homenagens, aqui e acolá, como a do Governo do Estado de São Paulo, que o premiou com uma medalha de mérito esportivo.

Tudo bem... Ronaldo é gênio, melhor jogador até que Romário. E por ser tão importante, vez ou outra acaba envolvido em polêmicas, seja por culpa dos outros ou dele mesmo. O episódio da convulsão pouco antes da final da Copa de 98, contra a anfitriã França, é um desses casos.

Ninguém explicou com clareza - e creio que não haja quem faça isso passadoa 13 anos - o que realmente ocorreu.

Outro fato nebuloso foi o da revelação, durante a coletiva do adeus, de que, há quatro anos (desde 2007, portanto), convive com um hipotireoidismo, doença que impede o funcionamento pleno do metabolismo.

Ronaldo afirmou, e com todas as letras, que o Corinthians sabia da existência da doença. Sendo isso verdade, não entendo o porquê de guardar um problema como este a sete chaves. Ou você, que lê este texto, duvida que, uma vez que o caso ganhasse as manchetes dos jornais, Ronaldo ficaria livre de muitas das críticas que recebeu nesta reta final, que, por culpa dele e dos dirigentes, foi pra lá de melancólica?