[MPR] Neymar é um menino, não Bad-Boy!



A reação 'descontrolada' do garoto Neymar ao ser impedido de cobrar um pênalti contra o Atlético-GO, na goleada de 4 a 2, realizada na Vila Belmiro, pela 22ª rodada do campeonato Brasileiro, tem ganho as manchetes do noticiário esportivo nos últimos dias.

Neymar, como escrevi no parágrafo acima, nada mais é do que um garoto. Não se trata, portanto, de um bad-boy, mau caráter, desagregador.

Conversei, nesta quinta-feira à noite, com o empresário Wagner Ribeiro, que trata da vida profissional do atacante de apenas 18 anos de idade. De acordo com o dito por ele, o 'destempero' de Neymar, que foi o pivô da saída de Dorival Junior do Santos, não causou nenhum mal estar, seja dele, Neymar, com a diretoria do clube, ou com o treinador que foi demitido.

Ao citar uma declaração feita pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) durante o programa "Linha de Passe", exibido às segundas-feiras, na ESPN Brasil, de que o jogador não insiste nos mesmos erros e, assim, comete falhas diferenciadas, Wagner Ribeiro foi pontual: "exatamente, o garoto não é burro".

Acredito que Neymar não seja alguém que possa ser taxado de mau exemplo. É apenas um menino que precisa de orientação e, vez ou outra, de um puxão de orelha.


Juca Kfouri, a quem respeito e considero muito, argumentou em seu blog que o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, cometeu seu primeiro erro ao não convocar Neymar para uma concentração entre os dias 6 e 13 de outubro e cobrar uma postura mais profissional e responsável.

Discordo de Kfouri, que apresenta o seguinte ponto de vista: "Melhor seria chamá-lo, olhar nos olhos dele e deixar bem claro o que o técnico quer".

Desde que assumiu o posto deixado por Dunga, Mano Menezes tem investido na formação de uma equipe equilibrada , no que diz respeito ao talento e ao comportamento.

Em outros tempos tivemos inúmeros problemas com 'atletas' que tinham a fama de craque, porém, também de encrenqueiro.

Adriano, Romário, são dois casos exemplares e que não tornam meu argumento inválido.

Tudo bem... o Baixinho ganhou uma Copa, e sozinho. Mas, qual o problema de exigir profissionalismo, preparo e ajuda a um jovem e promissor valor que, amanhã ou depois, poderá decidir não somente uma, mas duas, três Copas do Mundo?

Deste modo, creio que este não é mais um caso para chamar o rapaz e falar o que espera dele.

Ele, Neymar, por tudo o que significa e representa a Seleção Brasileira, mundialmente falando, já deve ter uma breve consciência do que é esperado dele uma vez trajado com a amarelinha.

A missão é a de jogar bola e não cometer bobagem, em campo ou fora dele, ao ponto de comprometer todo um trabalho.

Só!

Nada mais!

Em tempo: embora tenha sido o pivô, Neymar não quis ou pretendia entregar a cabeça de Dorival Junior à diretoria do Santos em uma bandeja, como muitos pintam e bordam.

Para encerrar, quero dizer o seguinte: "Monstro", como profetizou Renê Simões, Neymar não é. Mas poderá vir a ser, sim, se ninguém o ajudar...

Torço, e muito, pelo sucesso dele!

É um grande jogador!

E um bom menino, apesar das molecagens!