Na próxima quarta-feira, as duas equipes volta a se enfrentar. Uma derrota por 1 a 0 classifica os Lanús. Para esta partida, o zagueiro Dedé tem chance de poder retornar ao time do Vasco.
O jogo
Sob chuva, a partida começou truncada em Sâo Januário. O Vasco tinha dificuldade com o toque de bola e deixava espaço para o Lanús atacar. A primeira boa jogada aconteceu somente aos 12 minutos, quando Juninho Pernambucano recebeu na entrada da área, passou por um marcador e chutou, mas a esquerda do gol de Marchesín. Com os argentinos na defesa, os cruzmaltinos arriscavam nos chutes de fora da área.
Os donos da casa chegaram com mais perigo aos 23 minutos. Felipe achou Diego Souza na área. O meia virou, mas chutou para fora. No entanto, o Lanús assustou no lance seguinte. Pavone levou a melhor sobre a zaga vascaína e tocou para Valeri. O argentino dominou e finalizou, mas Fernando Prass estava atento e salvou os cariocas. Só que logo depois os cruzmaltinos abriram o placar. Éder Luís cruzou e Alecsandro completou de coxa para a rede.
Com a desvantagem no placar, o Lanús foi para frente e quase empatou aos 26 minutos. Valeri cruzou pela esquerda e a bola sobrou para Camoranesi. O experiente meia finalizou, mas sem perigo para Fernando Prass. Depois disso, o jogo ficou mais aberto, mas com as duas equipes errando muito na parte ofensiva. O Vasco voltou a criar boa chance aos 38 minutos. Alecsandro dividiu com a zaga e a bola sobrou para Diego Souza, que finalizou em cima do goleiro Marchesín. No rebate, o atacante chutou por cima do travessão.
O lance animou os donos da casa, que chegaram ao segundo gol aos 42 minutos. Diego Souza tabelou com Alecsandro na entrada da área. A zaga tentou cortar, mas a bola sobrou para o meia, que deu um chapéu em Braghieri e finalizou para a rede. Nos minutos finais, os cruzmaltinos seguraram a vantagem até o árbitro apitar o fim da etapa inicial.
O segundo tempo começou movimentado. Logo com dois minutos, o árbitro marcou pênalti de Fagner em Regueiro. No entanto, para a sorte dos cariocas, o assistente havia apontado o impedimento do jogador argentino. A resposta do Vasco veio dois minutos depois. Diego Souza recebeu na entrada da área, levou a melhor sobre a zaga e finalizou em cima de Marchesín. O meia ainda pegou o rebote, mas chutou em cima dos defensores.
Depois do lance, o Vasco voltou a ter o domínio da partida quase fez o terceiro aos 12 minutos, com Juninho Pernamnucano. O meia cobrou falta, mas a bola passou por cima do travessão de Marchesín. Só que em uma jogada isolada, o Lanús conseguiu diminuir o placar, aos 17 minutos. Após cruzamento, Fagner não alcançou e a bola sobrou para Regueiro dominar e finalizar sem chance para Fernando Prass.
O revés foi sentido pelo Vasco, que viu o Lanús melhorar e quase empatar aos 24 minutos. Pavone levou a melhor sobre Rodolfo na linha de fundo e tocou para Regueiro. Para sorte dos cariocas, o argentino chutou mal. A resposta dos cruzmaltinos veio no lance seguinte. Éder Luís entrou na área e finalizou cruzado para grande defesa de Marchesín.
O panorama do jogo seguia o mesmo, com os dois times criando chances. Aos 31 minutos, Regueiro desperdiçou oportunidade de empatar. Já pelo Vasco, Juninho Pernambucano cobrou falta para boa defesa de Marchesín e Carlos Alberto cabeceou a bola por cima do travessão no rebote.
Nos minutos finais, o Lanús foi para cima do Vasco e teve outra chance com Regueiro, mas o atacante chutou por cima do gol. O Vasco ainda tentou atacar, mas errou muito e teve que sair de campo com uma vantagem pequena. Após o apito final, a torcida hostilizou o técnico Cristovão Borges, mas foi consolado pelos jogadores que o esperaram ainda em campo.
Após vaias, Cristóvão Borges diz que não se sente ameaçado
Bastante hostilizado pela torcida durante a vitória por 2 a 1 diante do Lanús, da Argentina, o técnico do Vasco, Cristóvão Borges, disse que não se sente ameaçado de perder o cargo. Para ele, a manifestação dos torcedores é compreensível, a partir do momento em que eles discordam de alguma medida tomada por ele.
"Não me sinto ameaçado. Sei como isso funciona. Estou no futebol há muito tempo. Temos é que trabalhar. Os resultados têm sido bons. Essas manifestações acontecem em alguns momentos. É natural", afirmou, na entrevista coletiva após a partida de ida pelas oitavas de final da Taça Libertadores.Cristóvão frisou que a torcida paga o ingresso, e tem direito de se manifestar. Questionado sobre as vaias, ressaltou que elas foram direcionadas para ele, e não para o time.
O estopim da revolta dos torcedores contra Cristóvão foi a substituição do meia Felipe por Felipe Bastos, no segundo tempo. Ao justificar a medida, Cristóvão argumentou que o Vasco não estava se recompondo bem na defesa.
"A gente estava começando a não ter uma recomposição tão rápida. Isso foi natural pelo ritmo alto que jogamos no primeiro tempo. Com a troca, melhoramos a recomposição, mas tecnicamente caímos, pois erramos muitos passes", comentou.O treinador exaltou a atitude dos jogadores, que o esperaram e o acompanharam na saída do campo. Segundo Cristóvão, isso demonstra a união do grupo, nos bons e maus momentos.
"É bacana, é legal. Não é que tenhamos a preocupação de externar isso. O ideal seria que não fosse necessário acontecer isso", admitiu.O técnico cruzmaltino lamentou ter tomado um gol do Lanús. Ele destacou que o principal objetivo era ganhar sem levar gols. Ele, no entanto, ressaltou que o Vasco segue com vantagem para o jogo de volta, na quarta-feira que vem, na Argentina.
"É uma pena não ter fechado o jogo sem tomar gol. Estávamos com uma vantagem boa", observou.Para o jogo de volta, ele disse esperar o Lanús com um atacante a mais, buscando pressionar o Vasco o tempo todo. A expectativa é pelo retorno do zagueiro Dedé, que foi liberado para treinar com bola pelo departamento médico.
"Vai depender dos treinamentos, a resposta que ele vai dar. Correndo tudo bem, há grandes chances de ele voltar".
Fonte : Superesportes e Terraesportes
