Cuiabá-MT, Oeste-SP e Santa Cruz-PE foram os primeiros clubes a conquistarem o acesso na Série D do Campeonato Brasileiro. Não é nada fácil disputar o limbo do futebol nacional, ainda mais sem apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e sem a visibilidade da imprensa.
O acesso mais tranquilo foi do Cuiabá. Aliás, o time matogrossense tem a melhor campanha entre os três clubes que subiram neste domingo. Após terminar a primeira fase na liderança do Grupo 1, o time do técnico Ary Marques eliminou o Sampaio Corrêa-MA e o Independente-PA. O time paraense perdeu os dois jogos das quartas-de-final. Ao todo, o Cuiabá conquistou oito triunfos, um empate e três derrotas. Aproveitamento de 69,4%. O clube ainda detém o melhor ataque da Série D com 29 gols marcados e 15 sofridos.
Para quem tem acompanhado o trabalho de Aryr Marques, o acesso não foi surpresa. Na atual temporada, o treinador faturou o título invicto da Copa Mato Grosso e, de quebra, colocou o Cuiabá na Copa do Brasil. Mais tarde, o Cuiabá ainda foi campeão Estadual e se garantiu na Série D.
Passarinho-gol!
O técnico do Oeste, João Martins, também foi importante para o acesso rubro-negro, mas outra pessoa teve papel ainda mais importante. Marcinho Beija-Flor, atacante do time de Itápolis, é o artilheiro da Série D, com 11 gols, um a mais que Fernando, artilheiro do Cuiabá.
Para se ter uma ideia da importância do atacante, Marcinho Beija-Flor foi responsável por 64,7% dos tentos do Oeste na Série D. O time rubro-negro foi as redes em 17 oportunidades. No geral, o Oeste ostenta seis vitórias, dois empates e quatro derrotas. Aproveitamento de 55,5%, o pior entre os três clubes que subiram para a Série C.
Na primeira fase, o Oeste se classificou no primeiro lugar do Grupo 7. A partir das oitavas-de-final, um fato chama a atenção. O Oeste só conseguiu subir após "matar" seu torcedor do coração e levar as duas decisões para os pênaltis. E as duas vitórias, contra Cianorte-PR e Mirassol-SP foram, por 4 a 3, nas penalidades máximas.
Aliás, o Mirassol foi um velho conhecido do Oeste e o time de Itápolis sofreu muito. Na primeira fase, o Mirassol ganhou (1 a 0) e empatou outra (0 a 0). Nas oitavas-de-final, cada clube triunfou, em casa, por 3 a 1.
Tricolores!
Se já tivemos técnico e artilheiro herois, chegou a hora de falar da torcida que faz diferença. O grande trunfo do Santa Cruz, como sempre, foi sua apaixonada torcida. No jogo do acesso, no 0 a 0 mais comemorado dos últimos tempos, o Santa Cruz levou mais de 60 mil torcedores ao Estádio do Arruda, em Recife.
Dono da melhor média de público entre os 100 clubes das Séries A, B, C e D do Brasileirão, o Tricolor pernambucano foi vice-líder do Grupo 3 na primeira fase. No geral, o time do técnico Zé Teodoro conquistou cinco vitórias, seis empates e apenas uma derrota. Aproveitamento de 58,3%.
Assim como o Oeste, o Santa Cruz fez seu torcedor sofrer e muito. As classificações das oitavas e quartas-de-final vieram após um dramático empate sem gols. Pelo menos, Coruripe-AL, Treze-PB e a Série D ficaram para trás. O Santa Cruz está de volta à Série C após três anos.
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